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Os números fazem parte do
estudo Redução do Consumo de Cigarros Ilegais no Brasil: o que
realmente significa?, publicado na revista científica Tobacco Control.
O levantamento mostra que o
consumo de cigarros ilegais chegou a 39,7 bilhões de unidades em 2016,
representando 42,8% do mercado total. Em 2017, houve uma queda e oe consumo
chegou a 34,9 bilhões de unidades. No ano passado, continuou caindo, chegando a
26,2 bilhões de unidades.
Na análise do Inca, os resultados
"evidenciam que não há um forte crescimento no consumo dos cigarros
contrabandeados do Paraguai", disse em nota. "Ao contrário, os
ilegais estão perdendo mercado para os legais."
Ao contrário dos ilegais, o
consumo de cigarros legais aumentou. Após atingir a marca de 53,1 bilhões de
unidades em 2016, o consumo subiu para 55,8 bilhões em 2017 e seguiu a
tendência de alta, chegando a 57,2 bilhões de unidades em 2018.
Aumento de preço
Diante desse cenário, o Inca
sugeriu que o Brasil "aumente impostos e preços [dos cigarros], para dar
continuidade à redução da epidemia de tabagismo no país”.
O Instituto considera grave o
problema do contrabando de cigarros. Para esta questão, recomenda a
implementação do Protocolo para Eliminar o Mercado Ilegal de Produtos de
Tabaco, que é uma das medidas preconizadas pela Convenção-Quadro da Organização
Mundial da Saúde (OMS) para Controle do Tabaco, promulgado pelo Brasil em 2018.
Entre as medidas previstas no protocolo estão ações de segurança pública e
aduanas.
De acordo com o Inca, o tabagismo
é uma doença caracterizada pela dependência de nicotina, substância encontrada
em todos os derivados de tabaco, como cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de
palha e narguilé. O tabagismo tem relação com aproximadamente 50 doenças como
câncer de pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, entre outros e, ainda,
bronquite, asma, hipertensão, infarto. impotência sexual no homem e
infertilidade na mulher.
Estima-se que, no Brasil, a cada
ano, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas
pelo tabagismo. Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os
não fumantes.
Agência Brasil