A
ação tem como base, denúncias formuladas ao MPCE sobre a construção do Parque
de Vaquejada Frutuoso Freire, na fazenda Salgado, distante 52 km da sede, local
de difícil acesso, onde foi aberta uma estrada no meio da mata nativa e com
imagens aéreas apontando uma "verdadeira devastação ambiental
criminosa".
Além
deste fato, ressalta-se também o uso de equipamentos e funcionários do Município
para a abertura de estradas e também para a construção do empreendimento,
usando um caminhão, uma retroescavadeira e duas motoniveladoras. Em depoimento
na Promotoria, o secretário João Batista afirmou que a autorização para o uso
das máquinas foi dada pelo próprio Tomás, inclusive confirmando durante uma visita à Câmara Municipal.
Tomás
Figueiredo (como é conhecido) afirmou categoricamente e audaciosamente, que usa
a estrutura municipal em favor de terceiros (particular) e que não tem pudor e
receio de assim continuar, pois visa “beneficiar” indivíduo determinado que tem
um “pequeno” investimento na cidade. A conduta repulsiva do gestor causou
indignação aos vereadores e aos cidadãos quiterienses, bem como esse órgão
ministerial", citou o promotor Deric Funk Leite.
É
ainda citado na referida ação que, durante audiência extrajudicial, pôde-se
notar a tentativa, por parte de servidores públicos, de burlar as investigações
feitas pelo MP. Deric menciona ainda, que a permanência de Tomás no cargo,
"enseja grande risco de vultuosa malversação do patrimônio público" e
as outras ACPs por diversas irregularidades na Prefeitura Municipal.
O
órgão pediu o afastamento imediato do cargo pelo prazo de 180 dias e a
indisponibilidade de bens dos três requeridos no valor de R$ 500 mil. A ação já
tramita na 1ª Vara da Comarca de Santa Quitéria.
A
Voz de Santa Quitéria