Segundo
a polícia, Mascarenhas, conhecido como Pirata, já tem diversas passagens por
diversos homicídios, organização criminosa e extorsão. Ele foi um dos alvos
da Operação Intocáveis, deflagrada em janeiro deste ano
para prender milicianos que integravam a organização criminosa.
Conforme
o delegado Dionísio Amaral, do 15º Distrito Policial do Ceará, o preso é
suspeito de ser um dos matadores da milícia que atua na comunidade Rio das
Pedras, uma das maiores favelas do RJ.
O
preso estava morando com familiares no Ceará há cerca de 18 dias. Policiais do
15º Distrito Policial já monitoravam a atuação no interior do Ceará, com base
em informações repassadas por investigadores do Rio de Janeiro.
Escutas
telefônicas
De
acordo com a investigação, a participação de Mascarenhas no grupo criminoso foi
identificada em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
No
dia 15 de novembro, um dos presos, Manoel de Brito Batista, conhecido como
Cabelo, reclama de cortes de cabos de energia de "gatos" em um dos
"empreendimentos imobiliários".
"Se
ele cortar os cabos meu lá, vai ser diferente porque eu vou cortar as duas
pernas dele e os dois braços", diz Manoel.
Em
outro trecho, ele pede que um membro do grupo, conhecido como Pirata
(Mascarenhas), vá até uma loja na comunidade e tire o carro que estava
atrapalhando o caminho na região (veja a reprodução da conversa abaixo).
Cabelo: Vai lá em frente
à loja do João lá, tem um carro parado. Tá atrapalhando o caminhão, entendeu?
Não tem nem uma saída. Eu tô aqui na Barra, vai lá. Se o carro tiver lá no
meio, leva a empilhadeira e tira ele do meio lá e taca fogo nele.
Pirata: De frente ao
depósito.
Cabelo: Lá em frente ao
João da Domini.
Pirata: Tá, valeu.