A defesa do médium João Teixeira de Farias, conhecido como
João de Deus, anunciou hoje (24), que deixou a causa. Em nota, o advogado
Alberto Toron informou que equipe de nove profissionais não vai mais atuar a
favor do médium por "imperativo ético". O motivo não foi divulgado.
"A defesa técnica do Sr. João Teixeira de Faria,
conhecido como João de Deus, renuncia à causa. Por imperativo ético, não
podemos declinar as razões. Contudo, reiteramos nossa confiança na inocência do
Sr. João e repudiamos a irreparável injustiça de manter preso preventivamente,
um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações
lançadas contra si. Confiamos que em um futuro breve a verdade e a Justiça
sejam restabelecidas", disse a defesa na nota.
João
de Deus foi preso preventivamente em 16 de dezembro do ano passado por
denúncias de abuso sexual. Até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO)
apresentou nove denúncias contra ele, nas quais é acusado de crimes como
estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo
menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias
foram divulgadas pela imprensa.
Segundo
os advogados, durante os depoimentos prestados à polícia e à Justiça, João de
Deus negou as acusações e disse que nunca praticou abusos contra mulheres que
frequentaram a Casa Dom Inácio Loyola, em Abadiânia (GO), onde ele atendia
pacientes em busca de cura espiritual.
Agência
Brasil