
O
ato é crime de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou
aéreo, com pena de dois a cinco anos de reclusão.
Um
homem suspeito de apontar um dispositivo de raio laser para um helicóptero da
Polícia Militar do Ceará foi preso neste sábado (2), no Bairro Granja Lisboa,
em Fortaleza.
O
caso aconteceu durante a Operação Contra-ataque II,
que teve início na noite de sexta-feira (1º). Durante o sobrevoo, a aeronave da
Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), que dava apoio à
operação, foi atingida pelo feixe de luz. Os tripulantes identificaram a fonte
e seguiram o suspeito, identificado como Marcos Antônio Aquino da Costa (37),
até a residência.
Na
madrugada do sábado (2), ele foi encaminhado para o 32º Distrito Policial, no
Bairro Bom Jardim. Ele entregou o objeto com o qual estava lançando o raio
laser e confessou ter disparado o feixe. O suspeito não tinha antecedentes
criminais.
Ações
do tipo podem causar distração, cegueira instantânea, visão ofuscada e até
queimaduras na retina do piloto e da tripulação, podendo resultar em acidentes
aéreos.
O
ato é crime de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou
aéreo, com pena de dois a cinco anos de reclusão.
O
relações públicas da Ciopaer, tenente-coronel Marcus Costa, esclarece que a
incidência de feixe de luz parece brincadeira, mas pode representar risco
potencial para as operações aéreas.
"Nós
recomendamos a população que não utilize dessa prática, especialmente as
crianças e adolescentes, não só por se tratar de um crime do Código Penal, por
expor risco à aviação, mas também pelo risco em si do acidente. Esse laser,
quando desferido para o para-brisa de uma aeronave, torna a visibilidade da
aproximação final numa situação crítica, pela dificuldade de visualização do
local de pouso, pela dificuldade na leitura dos dados no painel da aeronave,
que são fundamentais para manter a aeronave estabilizada, e a própria lesão
ocular que pode trazer ao piloto ou qualquer tripulante da aeronave."
G1
-CE