
Quantidade
de cabos submarinos de fibra óptica chega a 12 na Capital. Número só é menor
que de Fujairah (Emirados Árabes)
O
hub tecnológico de Fortaleza ocupa posição de destaque. É o segundo maior do
mundo. Atualmente, com 12 cabos submarinos de fibra óptica conectados, fica
atrás somente de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, que conta com 13. O
levantamento foi realizado pelo database especialista em mercado de
telecomunicações, Telegeography.
Com
forte avanço nos últimos anos de grandes empresas de telecomunicações, destaque
para a Angola Cables, Fortaleza se tornou um polo de concentração de cabos
submarinos que ligam a Cidade com África, Europa e América do Norte.
Operacionais,
os cabos Monet, que conecta Boca Raton, Flórida, a Fortaleza e Santos, e o
SACS, que liga Angola ao Ceará, os cabos fazem parte do investimento de mais de
300 milhões de dólares da Angola Cables no Estado. Operação da multinacional
também envolve Data Center a ser inaugurado, na Praia do Futuro.
"Mais
do que consolidar a marca Angola Cables, na verdade, Fortaleza acaba criando um
centro de atratividade para players nacionais e internacionais, pois agora se
tem conectividade global de baixa latência e com alta capacidade. Por isso,
conseguimos atrair, por exemplo, grandes grupos e empresas internacionais,
inclusive da Europa", diz o líder comercial da empresa no Brasil, André
Martins.
Ele
destaca que a companhia possui o cabo com a menor latência para os Estados
Unidos, além de uma rota pioneira para África. Tudo passando por Fortaleza e,
por meio dos outros cabos, liga a Cidade com outros hubs na Europa.
Além
de presença no mercado tecnológico com a conexão de cabos submarinos, a
instalação do Data Center é muito esperada pelo mercado e já atrai atenção de
grandes empresas internacionais, a exemplo da Google.
O
líder comercial da Angola Cables conta que mais de 70% da capacidade do Data
Center já foi esgotada antes mesmo da inauguração. Ele revela que um
"grande grupo de mídia nacional" fechou contrato com a empresa para
colocar seu ponto de presença em Fortaleza.
"Esse
Data Center nasce muito bem conectado com o mundo, pois já tem conectividade
com os nossos cabos submarinos e, principalmente, porque ele é um TIER III, com
padrão internacional reconhecido de qualidade, segurança e
confiabilidade", complementa.
Sobre
a presença na Capital, Martins avalia como positiva para o desenvolvimento da
Cidade, pois, segundo o executivo, antes, Fortaleza era um ponto de passagem,
mas agora se transformou em "ponto de presença".
O
desenvolvimento do hub também é bem visto pelo mercado. Emanuel Rodrigues,
professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do
Ceará (UFC) e membro do Grupo de Redes de Computadores, Engenharia de Software
e Sistemas (GREat), analisa que o ritmo de crescimento do hub em Fortaleza é
superior a outros pontos do Brasil.
"Quando
se tem um data center instalado e cabos conectados ao Ceará, nos tornamos um
ponto de atratividade. Provedores de serviços, de conteúdo e internet vão ter o
interesse de se instalar onde existe entroncamento de informações", diz o
especialista.
SAMUEL
PIMENTEL
Fonte:
O Povo