O
Governador do Ceará, Camilo Santana (PT), confirmou o fechamento de 67 cadeias
no Estado durante os últimos dias. A afirmação foi feita durante uma entrevista
concedida a Globo News, na noite desta quarta-feira (17).
De
acordo com Camilo Santana, o fechamento das unidades prisionais foi decidido
pelo secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque e contou com
o apoio do Governo. "Eram cadeias precárias, concentrei na Região
Metropolitana para ter mais controle sobre esses presos. Isso foi uma decisão
do próprio secretário [da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque].
Tenho tido todo o apoio do poder judiciário", disse.
O
fechamento das cadeias do interior é realizado em meio a onda de ataques
criminosos que acontece no Estado desde a noite do dia 2 de janeiro. Áudios que
teriam sido compartilhados entre membros de facções, divulgados no último
domingo (13) pelo programa Fantástico, indicam que presidiários comandavam os
ataques ocorridos no Ceará.
Camilo
também classificou as ações criminosas que acontecem no Estado como atos de
terrorismo e defendeu uma mudança na legislação brasileira para tratar sobre o
assunto. "Eu defendo que precisa de uma mudança. Até porque nesses atos,
foi a primeira vez que se usou explosivos em ações no Ceará, bombas. Isso
precisa ser tipificado como terrorismo. Precisa o Congresso Nacional rever uma
série de leis, inclusive uma delas é essa, a lei antiterrorismo, que precisa
tipificar esse tipo de ação como terrorismo", disse.
Até
esta quarta-feira, pelo menos 206 crimes como explosões de viadutos e pontes,
incêndios a veículos e depredação de prédios públicos foram registrados no
Estado. O número de presos ou apreendidos chega a 383 até às 17h desta quarta,
conforme balanço da Secretaria da Segurança.
Diário
do Nordeste