Ao
ver a filha ser esfaqueada pelo ex-marido, mãe tenta defender, mas acabou sendo
morta pelo ex-genro
Patrícia
Vieira da Silva, 34, e Maria Genaci Pereira, 57, foram mortas a facadas na
madrugada desta quinta-feira, 20, no município de Iguatu, a 360,1 km de
Fortaleza. Segundo a Polícia Militar, o crime foi cometido por Irisvan
Rodrigues da Silva. Patrícia era ex-companheira dele, que não aceitava o fim do
relacionamento e por isso teria cometido o crime. Mãe e filha foram vítimas do
feminicídio, tipo de crime que tem crescido no Ceará.
Francisco
Vieira, pai e marido das vítimas, estava no local no momento do crime. Segundo
ele relatou à Polícia, Irisvan Rodrigues, conhecido como Maluco, agrediu
Patrícia com faca após ter ido até à casa da família conversar sobre o fim do
relacionamento. De acordo com o relato da testemunha, ao ver a filha ser
esfaqueada, a mãe de Patrícia tentou socorrê-la, mas foi acertada a facadas
pelo criminoso.
Agentes
da Polícia Militar foram até o local e encontraram o corpo das vítimas, com
perfurações e já sem vida, na calçada da própria casa. Após o ocorrido, viatura
saiu em diligência para localizar e prender o acusado, informa relatório da
Polícia Militar.
Feminicídio
Feminicídio
é o assassinato de mulheres, cometido em função de ela ser do sexo feminino. O
Ceará é o terceiro estado do País com o maior número de mulheres mortas a cada
100 mil habitantes, de acordo com o Anuário Brasileiro da Segurança
Pública. A média proporcional foi de 7,6, menor apenas que Acre (8,4) e
Rio Grande do Norte (8,3). O Estado, no entanto, não disponibiliza quantas
dessas mortes foram feminicídio.
Desde
que a Lei do Feminicídio entrou em vigor, em março de 2015, as tentativas de
feminicídio e casos consumados no Ceará aumentaram, segundo dados do Ministério
Público do Ceará.
Veja
a evolução dos números:
Março
de 2015 a março de 2016 - 156
Março
de 2016 a março de 2017 - 174
Março
de 2017 a março de 2018 - 196
Fonte:
O Povo