Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que os homens
não procuram os serviços públicos de saúde com frequência. Conforme a análise, quase
1/3 deles não têm o hábito de frequentar o serviço para acompanhar seu estado de saúde e
buscar auxílio na prevenção e na qualidade de vida.
Entre as explicações encontradas pelo
estudo, estão as barreiras socioculturais. Em muitos casos, os homens pensam
que não ficam doentes ou simplesmente têm medo de descobrir alguma alteração no
organismo.
Em entrevista à Tribuna Bandnews FM, o diretor da
Associação Cearense de Medicina da Família e Comunidade, Roberto Ribeiro
Maranhão, explicou que a falta de tempo não é mais justificativa para essa
ausência no consultório.
“Os homens tiveram mais essa carga de
serem responsáveis financeiramente pela família. Mas, ao longo dos anos,
percebemos que as famílias são mais regidas e sustentáveis pelo ponto de vista
feminino do que pelo masculino. E, portanto, fica no pensamento ainda de só
buscar o médico quando está doente. E esse ‘estar doente’, às vezes, é o ‘estar
doente grave’. Porque, mesmo quando a pessoa não se sente bem, ela evita em ir
ao serviço público de saúde”, explicou o médico
A pesquisa foi realizada por telefone
no ano passado com mais de seis mil homens em todo o Brasil. O estudo mostrou que, apesar de o
pré-natal da esposa ser o momento em que o homem está mais próximo dos serviços
de saúde, as consultas e os exames ainda são pouco aproveitados.
Fonte: Tribuna do Ceará