O deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para retomar o mandato na Câmara. Na peça, os advogados de Cunha afirmam que ele foi afastado sob argumento de que, na condição de presidente da Casa, poderia interferir no processo em que é acusado de ter recebido propina do esquema de corrupção da Petrobras.
A defesa sustenta que Cunha renunciou à presidência da Câmara em julho e, por isso, desde então, não há mais motivos para ser impedido de exercer o mandato. Os advogados dizem ainda que a manutenção do afastamento acarretará num desequilíbrio no tratamento dado a Cunha. Isso porque, diz a defesa, há outros políticos alvo da Operação Lava-Jato que não sofreram a mesma sanção imposta.
Críticas
No documento enviado ontem a Teori Zavascki, Cunha voltou a criticar Rodrigo Janot, algo frequente desde que passou à condição de investigado. Os advogados do deputado afastado acusam o procurador de usar termos desrespeitosos para se referir ao réu. Ao pedir o afastamento do peemedebista, Janot o classificou como "delinquente".
(com informações Diário do Nordeste)