Alisson Amaral, de 18 anos, ex-aluno de escola
cearense, já abriu seu próprio negócio: uma startup que salva bebês Massachusetts é um nome associado a
inteligência. Como não é surpresa, um cearense pode confirmar isso. Alisson
Amaral, de 18 anos, foi aprovado noInstituto
de Tecnologia de Massachusetts (MIT,
na sigla em inglês), onde estudou por um mês, desenvolveu uma startup e voltou
com vários projetos a serem aplicados em Fortaleza, além de se preparar para
lançar sua candidatura a uma universidade americana.
Quando ainda estudava o 1º ano do Ensino Médio, o jovem
recebeu a notícia de que uma colega da escola teria sido aprovada no MIT e, no
mesmo momento, pensou: “Se ela consegue, eu também consigo”.
Alisson, que já participava de turma preparatória para oInstituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e costumava participar de olimpíadas
científicas, tendo recebido uma medalha de bronze na Olimpíada Íbero-Americana,
visualizou o sonho e foi atrás dele.
Mas um novo desafio o aguardava: o inglês. Seus pais se
preocuparam porque Alisson não tinha o idioma fluente, mas através de uma
rotina intensa de estudos ele provou que conseguia. Passava o dia na escola,
chegava em casa e dormia apenas 4 horas, com o despertador
acordando-o às 2h da manhã. A partir daí ele estudava inglês sozinho
por 6h seguidas. Ao término, já ia para a escola e continuava a rotina.
Nos três anos de ensino médio, Alisson estudou no Colégio
Ari de Sá e se preparou para as provas, que eram de matemática, física e
química. Apesar de também ter tentado o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e
ter sido aprovado, ele optou por não cursar. Recém-chegado do MIT, ele comemora
a experiência com planos e pretende lançar a sua candidatura em uma
universidade americana.
Experiência
No MIT, estudou sobre empreendedorismo. “Antes um
problema era apenas um problema. Agora é uma oportunidade. Erro e fracasso são
métodos de aprendizado”, destaca. O resultado disso foi o projeto que pretende
colocar em prática em breve. Ele está trabalhando em um curso de
empreendedorismo nas escolas. “Quando a gente ama um projeto vai fundo e
consegue”, vislumbra.
Mesmo que seja aceito em uma universidade americana, ele
não descarta este projeto de empreendedorismo e de duas startups que está
tocando. Como a faculdade permite que o estudante utilize um ano realizando
algum projeto, Alisson poderá usar esse artifício caso seja aprovado. Além
dessa extensão, o curso também permitiu a realização de um sonho. Ele
conheceu pessoalmente o professor de física David Morin, de quem era
fã e só conhecia pelos livros que estudava.
Estar longe da família e dos amigos o incentivou a buscar
seus objetivos. “É bem diferente, você fica mais focado”, revela. O fato de o
ensino ser baseado em discussões, debates e atividades o impulsionaram a agira
mais. Ele que já não dependia de ninguém para estudar, agora buscava novos
desafios e a maturidade alcançada surpreendeu seus pais. “Hoje eles me veem
diferente, que cresci, que estou mais independente”, confirma.
Com a experiência de dois amigos aprovados em universidades americanas
ele teve a certeza de que este é o seu objetivo. “Lá existe a metodologia que
você coloca a mão na massa mesmo, além de ter várias culturas trocando
conhecimento, é isso o que eu quero”, define. Um dos frutos que o MIT lhe deu
foi a startup que criou junto com três colegas, onde um aparelho
mede o nível de oxigênio do bebê e alarma caso passe do normal.
“Em países em desenvolvimento alguns bebês têm problemas
com asfixia, respiração pulmonar e podem vir a óbito. Após o feedback dos
nossos mentores, estamos trabalhando no design e queremos implantar na Índia. É
difícil porque a equipe tem pessoas de países com fusos horários diferentes mas
vamos dar prosseguimento sim”, explica.
Uma outra startup que implementou trata-se de uma
plataforma que conecta professores e alunos. A ideia alcançou o 2º
lugar no Startup Wekend de 2015. Os dois projetos além de ajudar a
comunidade, podem impulsionar a sua candidatura à universidade americana e
torná-la mais competitiva.
“Se você realmente ama o que sonha em fazer, vá atrás e não desista. Se você desistir, sequer vai saber o que viria depois da tentativa. Mesmo que seja um erro, há um aprendizado nisso”, incentiva.
“Se você realmente ama o que sonha em fazer, vá atrás e não desista. Se você desistir, sequer vai saber o que viria depois da tentativa. Mesmo que seja um erro, há um aprendizado nisso”, incentiva.
Fonte: Tribuna do Ceará