Uma parte da Operação
Alba Branca que cita os deputados federais Nelson Marquezelli (PTB), Baleia
Rossi (presidente estadual do PMDB) e Duarte Nogueira (PSDB) - licenciado
do mandato porque ocupa o cargo de secretário de Logística e Transportes do governo
Geraldo Alckmin - foi deslocada para o Supremo Tribunal Federal (STF)
pelo procurador geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa.
As informações são do Estado de S. Paulo.
A reportagem destaca
que os parlamentares tiveram seus nomes citados por investigados da Alba
Branca, que desarticulou organização criminosa que fraudava licitações da
merenda escolar e superfaturava produtos agrícolas e suco de laranja.
Ainda segundo o Estadão, quatro
funcionários e o presidente da Coaf – cooperativa apontada como carro chefe da
quadrilha -, Cassio Chebabi, revelaram à força-tarefa que prefeitos e
servidores públicos eram destinatários de um valor equivalente a 10% a até 20%
dos contratos firmados com órgãos públicos. Pelo menos 22 prefeituras
teriam firmado contratos com a Coaf em troca de propinas.
A reportagem destaca
que os deputados federais não são acusados. Contudo, a menção a eles nos
depoimentos de alvos da investigação levou o chefe do Ministério Público
Estadual a decidir pela remessa dessa parte dos autos para o Supremo –
instância máxima da Justiça que detém competência legal para abrir inquérito
contra detentores de mandato na Câmara.
A etapa inicial da investigação aponta a
distribuidora de bebidas de Marquezelli, em Pirassununga, interior de São
Paulo, como um dos endereços de suposta entrega de propinas da quadrilha da
merenda escolar que agia em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da
Secretaria da Educação do governo Alckmin, diz o texto.
Um dos alvos da investigação, Carlos Luciano
Lopes, relatou ao Ministério Público e à Polícia Civil que o lobista da
organização Marcel Ferreira Júlio fazia pagamentos naquele local de “comissões”
sobre venda de produtos agrícolas superfaturados para merenda.
De acordo com o Estadão, o
vice-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o Cal, afirmou ter
ouvido do presidente da entidade, Cássio Chabib, e de vendedores da cooperativa
‘que em relação às vendas para as prefeituras de Campinas e Ribeirão Preto
valores eram repassados ao deputado Baleia Rossi’. “Sendo que os valores eram
pagos por Cassio Chebabi.”
A reportagem aponta ainda que Cássio Chebabi
indicou aos investigadores da Operação Alba Branca os nomes do presidente da
Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e do secretário
estadual de Logística e de Transportes Duarte Nogueira, como supostos
beneficiários de uma propina de 10% sobre contratos da Secretaria de Estado da
Educação no governo Geraldo Alckmin PSDB).
Fonte:
Jornal do Brasil.