O
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas
Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e
Católica, divulgou nota em que diz que o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se baseou em “argumentos frágeis” ao abrir o processo
de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A posição da entidade não é acompanhada por lideranças
evangélicas ouvidas pelo Estado, favoráveis a Cunha, que é membro da
Assembleia de Deus de Madureira. No documento, o Conic sustenta que o processo
de impeachment não tem legitimidade e que o afastamento de Dilma “nos
conduziria para situações caóticas”.
“Vemos com muita preocupação que o presidente da Câmara tenha
acolhido um pedido de impeachment com argumentos frágeis, ambíguos e sem a
devida sustentação fática para acusação de crime de responsabilidade contra a
presidente da República”, diz o pronunciamento. “Perguntamos quais seriam as
consequências para a democracia brasileira diante de um processo de deposição
de um governo eleito democraticamente em um processo sem a devida
fundamentação.”
Já o pastor Omar Silva da Costa, presidente do Conselho
Nacional de Pastores e da Convenção Geral das Igrejas Assembleias de Deus no
Brasil, disse que as duas instituições defendem a abertura do processo. “Se
Dilma for condenada, deve não só perder o mandado, como também ir para atrás
das grades, onde já está José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil). Mandamos
e-mails para os pastores pedindo para orar pelas autoridades. Mas a autoridade
que está fazendo um governo injusto, vivendo de corrupção, como foi provado
pela Operação Lava Jato, deve ser condenada”, disse.
Fonte: Diário do Centro do Mundo.













