Corrigidas pelo
IGP-M, as doações de 12 empresas, brasileiras e estrangeiras, feitas para a
para a criação do Instituto FHC equivaleriam a R$ 16.315.525,10. A afirmação é
do site Brasil 247, que fez
o levantamento.
As doações foram feitas
em novembro de 2002, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promoveu
um jantar para arrecadar fundos no Palácio do Alvorada. Na ocasião, o montante
foi de R$ 7 milhões.
O evento foi
divulgado como uma "noite de gala" pela revista Época. Contudo, a grande mídia
destaca hoje como "escândalo" a doação de R$ 3 milhões recebida pelo
Instituto Lula da Camargo Correa, entre 2011 e 2013.
Os jornais
amanheceram escandalizados com as doações da construtora Camargo
Corrêa ao Instituto Lula, mas nenhum deles lembrou que a empreiteira foi uma
das principais financiadoras do Instituto FHC, ainda em seu nascedouro. A
diferença é que FHC "passou o chapéu", segundo reportagem da revista Época,
num jantar em pleno Palácio do Alvorada, quando ainda estava no exercício do
seu mandato. Seu tesoureiro informal era o amigo e
empresário Jovelino Mineiro, apontado como dono da fazenda que foi de FHC e do
polêmico apartamento em Paris, na Avenue Foch, onde ele se hospedaria. O jantar
de arrecadação de recursos para o instituto, pago com recursos públicos, foi
retratado por Época como uma "noite de gala". Com FHC, nada de
escândalo, apenas uma retribuição empresarial rotineira, publica nesta
quinta-feira o site Brazil 247.
Segundo o site, a construtora Camargo
Corrêa foi uma das 12 empresas brasileiras e estrangeiras que doaram R$ 7
milhões ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a criação do instituto
que leva seu nome. Esse dinheiro foi arrecadado pessoalmente por FHC num jantar
no Palácio da Alvorada – pago com dinheiro público – em novembro de 2002,
quando ele ainda exercia o cargo de presidente da República.
A fundação do tucano
também utiliza a Lei Rouanet para captar doações a seus projetos, com
abatimento no imposto de renda, e conseguiu aprovar um limite de R$ 10 milhões
em 2006. Ou seja: o Tesouro brasileiro também banca o Instituto FHC.
Atualmente, o principal “parceiro” do
instituto tucano é a Fundação Brava – criada pelo empresário Beto Sicupira, com
sede em Delaware, um paraíso fiscal nos EUA. Outro patrocinador frequente
das palestras de FHC é o Banco Itaú. A Telefónica de Espanha, que abocanhou o
filé da privatização do sistema Telebrás, patrocina o Museu das
Telecomunicações do Instituto.
O jantar em que FHC passou o chapéu entre
empresários amigos foi descrito em detalhes pela revista Época. Além de Luiz
Nascimento, da Camargo Corrêa, participaram Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), David
Feffer (Suzano), Emílio Odebrecht (Odebrecht) e Pedro Piva (Klabin), entre
outros empresário
Noite de gala
Sem se escandalizar com o jantar de
arrecadação ocorrido em pleno Palácio da Alvorada, Época retratou o evento como
uma "noite de gala".
Leia, abaixo, um
trecho da reportagem de Gerson Camarotti:
Foi uma noite de gala. Na
segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores
empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho
francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de
Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado
pela chef Roberta Sudbrack - ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz
acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC
aproveitou para passar o chapéu.
Após uma rápida discussão sobre
valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação
conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir
assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando
Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um
fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro
ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros
ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente
americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal
amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis,
em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou.
Fonte:
Jornal
do Brasil.















