O secretário da Saúde do Ceará (Sesa), Henrique
Javi, apresentou aos parlamentares as principais ações e desafios da pasta nos
últimos meses, em visita à Assembleia durante o segundo expediente da sessão
plenária desta terça-feira (23/06).
O presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque
(Pros), agradeceu a presença da equipe da Sesa e sugeriu que os deputados
aproveitassem o momento para fazer questionamentos e observações sobre a
situação da saúde pública do Estado.
Ao falar sobre a organização do sistema de saúde
pública no Ceará, o secretário explicou que existem cinco regiões, divididas em
outras 22 microrregiões. A ideia é que cada microrregião tenha uma policlínica
e um centro de especialidades odontológicas (CEO). Segundo Javi, o aumento da
expectativa de vida e a diminuição das taxas de natalidade influenciam na
demanda por serviços públicos de saúde.
Em relação aos leitos hospitalares, o secretário
informou que há uma ação da pasta para reorganizar o número de solicitações de
leitos no Ceará, buscando uma maior rapidez nas internações. Ele afirmou que a
Secretaria tem compromisso de aumento do número de leitos de UTI, mas defendeu
a ampliação da assistência domiciliar, para diminuir o tempo de permanência dos
pacientes no hospital.
“Contamos com aproximadamente 2.027 leitos,
distribuídos nos dez grandes hospitais da nossa rede pública. Porém, apesar dos
investimentos consecutivos e da nossa busca pela máxima eficiência, estamos na
22ª posição no recebimento de recursos do Ministério da Saúde”, informou
Henrique Javi.
Segundo ele, foram repassados cerca de R$ 350
milhões por ano para atendimento de média e alta complexidade, o que equivale a
R$ 40 por habitante/ano. O titular da Sesa informou que o governador Camilo
Santana, em sua primeira reunião com o ministro da Saúde, Artur Chioro, buscou
a duplicação do valor per capta que é repassado pelo Governo Federal para o
Ceará.
O secretário defendeu a gestão por meio de
organizações sociais, como é o caso do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar
(ISGH), que é, para ele, uma forma eficiente e moderna de gestão. De acordo com
Javi, o ISGH tem uma assembleia de sócios, com representação de diversos
segmentos da sociedade e do Poder Público.
Henrique Javi ressaltou outras
ações de saúde, que vão desde a imunização aos transplantes de órgãos. Ele
ressaltou, por exemplo, as campanhas de vacinação nos municípios e a diminuição
das taxas de casos da hanseníase, tuberculose e dengue em relação ao ano de
2013. “No caso da dengue, muitos municípios fizeram a sua parte ao evitar a
proliferação do mosquito, o que ajudou na redução dos casos”, explicou.
O titular da Sesa disse que
não há necessidade de declarar estado de emergência, porque existem ações
efetivas acontecendo. Ele reconheceu problemas como demora na instalação do
tomógrafo do Hospital São José, dificuldades que famílias vêm enfrentando para
conseguir alimentos para crianças com alergia alimentar e falhas na cobertura
vacinal contra o sarampo, mas declarou que a Secretaria está trabalhando para
solucionar essas demandas em um curto prazo.
Henrique
Javi também anunciou que estão previstos concursos públicos na área. Os
próximos deverão ser para o Samu e para o Serviço de Verificação de Óbitos.
Também
estiveram presentes o secretário executivo da Sesa, Renis Frota, e o diretor do
Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Roberto Pires Neto.
Fonte: Sobral de Prima.













