domingo, 17 de maio de 2015

Papa Francisco chama o líder palestino Mahmoud Abbas de “anjo da paz”.

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O papa Francisco e o presidente da Autoridade Palestina conversaram durante 20 minutos num clima amistoso, segundo um jornalista da AFP que acompanhou a visita de Abbas ao Vaticano.
Neste domingo, duas religiosas palestinas serão canonizadas pelo papa, se transformando nas primeiras santas palestinas da história contemporânea. O ato acontece no momento em que a Santa Sé passa a reconhecer o Estado palestino, a exemplo de 136 países.
Mariam Bawardi era uma irmã carmelita dedicada à abertura de novos conventos e conhecida pelos dons místicos. Ela morreu em 1878. Já Maria Alfonsina Ghattas, falecida em 1927, ajudava idosos, pobres e crianças. As duas religiosas nasceram na Palestina durante a ocupação otomana, e se tornarão Santa Maria de Jesus Crucificado e Santa Maria Alfonsina.
As canonizações vão coroar um momento de especial aproximação entre a Igreja Católica e os palestinos. Depois de 15 anos de negociações, o Vaticano e a Palestina estão próximos de assinar um acordo sobre os direitos dos católicos nos territórios palestinos. O reconhecimento do Estado da Palestina pela Santa Sé também será formalizado, uma postura que o papa Francisco já adotava na prática. Há dois anos, o Vaticano segue a recomendação da ONU, que admitiu a Palestina como um “estado observador” em novembro de 2012.
Paralelamente, a Santa Sé também negocia com Israel, desde 1999, um acordo sobre os direitos jurídicos e econômicos das congregações católicas no estado judaico, em particular isenções fiscais. Porém, os encontros semestrais entre diplomatas do Vaticano e do estado hebreu têm resultado em fracasso.
O Vaticano enfrenta um delicado exercício de diplomacia em relação a Israel e à Palestina, uma vez que existem cristãos e locais sagrados para o cristianismo dos dois lados da fronteira. A Santa Sé tenta não ofender Israel, para evitar críticas sobre o papel da Igreja diante dos movimentos antissemitas que marcam a história da Europa. Por outro lado, milita por uma solução ao conflito regional baseada em dois estados, com um status especial para Jerusalém como sede das três grandes religiões monoteístas − judaísmo, cristianismo e islamismo −, além de defender os direitos dos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Fonte: Diário do Centro do Mundo.
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