Juntos, os escândalos das contas secretas no HSBC
(o chamado Swissleaks) e das propinas pagas para aliviar multas tributárias (a
Operação Zelotes) fazem um strike em personalidades que alimentam o pensamento
conservador no Brasil; na Zelotes, o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau,
mantenedor do Instituto Millenium, aparece como pagante da maior propina (R$ 50
milhões); na mesma operação, está também a RBS, de Eduardo Sirotsky e Armínio
Fraga (R$ 15 milhões), que é afiliada da Globo; no Swissleaks, um dos nomes é o
de José Roberto Guzzo, diretor da Abril, que é também mantenedora do Millenium;
a direita, no Brasil, não gosta de pagar impostos?
Dois escândalos recentes,
batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos
não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio.
O caso Swissleaks, alvo de uma
CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas
secretas na Suíça, no HSBC de Genebra.
A Operação Zelotes fisgou uma
quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.
Os dois casos tratam de um
mesmo fenômeno: sonegação fiscal. O que une as duas pontas é a presença de
nomes ilustres da direita brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora
à toda sociedade.
Nesta sexta-feira, uma
reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do
empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação
Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida
tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um
real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Fonte:
Brasil
247.