O presidente Barack Obama defendeu, na terça-feira (20) à
noite, que o Congresso americano encerre o embargo econômico e financeiro a
Cuba. O apelo ao Legislativo para decidir favoravelmente a Cuba foi feito
durante o tradicional discurso do Estado da União, feito
pelos presidentes norte-americanos desde 1790.
Além do fim do embargo, Obama pediu o fechamento da prisão
americana em Guantánamo, território cubano, e denunciou o que chamou de
ressurgimento do antissemitismo em relação aos mulçulmanos, em certos lugares
do mundo.
“Nossa mudança na
política em relação a Cuba tem potencial para acabar com um legado de
desconfiança no hemisfério”, disse, referindo-se ao anúncio que fez em dezembro
sobre a reaproximação com o país e o governo de Raúl Castro, após 50 anos de
rompimento das relações diplomáticas.
No discurso
proferido à Nação e ao Congresso por quase uma hora, Obama pediu que os
congressistas votem o fim do embargo a Cuba. Ele disse ainda que não vai
desistir de acabar com a prisão situada na base norte-americana de Guantánamo,
em Cuba, conforme havia prometido no início do seu mandato. “É tempo de acabar
o trabalho. Estou decidido e não vou desistir até encerramos a prisão”, disse.
Ele observou que a prisão não “se justifica” e que não faz sentido mantê-la a
um custo de US$ 3 mil por prisioneiro.
O discurso dessa terça-feira foi o primeiro proferido por Obama no Congresso
norte-americano depois das eleições legislativas de novembro do ano passado,
que deram maioria aos republicanos no Senado e na Câmara dos Deputados.
O presidente também defendeu a igualdade de gênero,
destacando que homens e mulheres devem ter salários iguais, e falou do desafio
de enfrentar as alterações climáticas.
O discurso do Estado da União é uma tradição política nos
Estados Unidos e foi feito pela primeira vez em janeiro de 1790, pelo então
presidente George Washington.
Fonte:
Jornal
do Brasil.