Raras vezes se
viu tamanha comoção nacional.
A deportação da equipe da Globo na Indonésia mostrou o quanto
os brasileiros amam a empresa da família Marinho.
Inspirados no movimento que galvanizou o mundo depois
do massacre dos cartunistas do Charlie Hebdo, brasileiros em copiosas cidades
do país saíram às ruas para protestar contra o governo indonésio.
Cartazes
uniram o país num só brado indignado: “Je suis Globo”.
Certos manifestantes preferiram especificar sua
solidariedade. “Je suis Bonner”, “je suis Merval”, “je suis Míriam Leitão”, “je
suis Faustão” eram alguns dos cartazes que se observaram nos protestos.
Aqui e ali, provavelmente num processo de identificação com a
Globo, foi possível também ver cartazes que diziam: “Je suis Aécio.”
A polícia teve dificuldade em conter as pessoas no momento em
que, em muitas cidades, elas decidiram ir para o aeroporto com o objetivo de
voar para a Indonésia e, lá, cobrar satisfações do governo.
Há, agora, uma grande pressão sobre Dilma para que ela dê um
ultimato para o presidente Jokowo.
A
ideia é esta: se ele não pedir perdão em 24 horas para a Globo, é guerra.
A reportagem do DCM quis entender por que se optou pela
língua francesa para expressar o apoio à Globo.
Uma senhora patusta e rosada respondeu a nosso repórter: “O
português não está à altura da Globo.”
A conversa dos editores do DCM com o repórter foi,
lamentavelmente, breve. “Chefe”, disse ele pelo celular a seu superior. “Agora
tenho que desligar.”
O chefe, que ainda tinha perguntas a fazer, quis saber o que
o levava a querer desligar tão rapidamente o celular.
“É que vou-me juntar também aos manifestantes. Mais que
jornalista, sou um cidadão. E neste instante, como todo o Brasil, je suis
Globo.”
Fonte: Diário do Centro do Mundo.