quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Movimento Passe Livre marca protesto contra reajuste de passagens no Rio.

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A negativa da Justiça de conceder liminar para impedir o aumento das passagens dos ônibus municipais, na ação civil proposta pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ), é considerada pelo Movimento Passe Livre (MPL) do Rio de Janeiro uma demonstração de que a tarifa tende a aumentar cada vez mais no atual modelo de gestão, "em que os custos ficam com os usuários, e as concessionárias têm total liberdade para administrar os serviços", de acordo com o movimento. O MPL promete fazer um ato de protesto contra o reajuste das passagens no próximo dia 9, às 17h, na Cinelândia.

É o que defende o integrante do MPL José Abrahão, para quem a situação “é um ciclo vicioso". "O número de usuários diminui e isso vira mais um argumento para eles reduzirem a frota, a manutenção”, disse. O ativista não tem dúvidas de que outros argumentos surgirão para justificar futuros aumentos das passagens.
Segundo ele, o reajuste de R$ 0,40 autorizado pela prefeitura do Rio “é um crime”. Apassagem dos ônibus do município subiu de R$ 3 para R$ 3,40 no último dia 3, o que levou o MP-RJ a mover ação civil pública no Tribunal de Justiça do Estado pedindo a anulação do reajuste.

O MPL do Rio defende que a o preço da passagem dos ônibus se reduza ao patamarrecomendado em fevereiro do ano passado pelo Tribunal de Contas do Município, de R$ 2,50. Os ativistas repudiam a alegação do prefeito Eduardo Paes de que o aumento servirá para ampliar a frota de ônibus comuns com ar-condicionado e avaliam que a falta de manutenção se torna “um meio de chantagem pública das empresas para terem mais aumentos.”

De acordo com resolução publicada na manhã de terça-feira (6) no Diário Oficial do município pela Secretaria Municipal de Transportes, R$ 0,058 de cada R$ 0,40 do reajuste serão destinados à compra de 1.525 ônibus com ar-condicionado, além dos 708 que deverão ser substituídos este ano por atingirem o limite da vida útil.

A prefeitura informa ainda que mais R$ 0,131 dos R$ 0,40 de aumento nas passagens se deve ao pagamento de gratuidade para estudantes da rede pública. Segundo a prefeitura do município, a Secretaria Municipal de Educação não pode mais repassar R$ 60 milhões para as concessionárias, por determinação do Tribunal de Contas do Município.
Fonte: Jornal do Brasil.
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