A denúncia do
jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira 13 de que policiais federais
responsáveis pela Operação Lava Jato atacavam o PT, o ex-presidente Lula e a
presidente Dilma Rousseff nas redes sociais, ao mesmo tempo que exaltavam o
ex-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, é a revelação de que há
"um escândalo dentro do escândalo da Petrobras", contata o renomado
jornalista e escritor Luciano Martins Costa, emartigo publicado
no portal Observatório da Imprensa.
Segundo
ele, "não há nada mais interessante" nos jornais de hoje do que essa
revelação. Nos posts, os policiais à frente da investigação chegaram a chamar
Lula de "anta", além de "xingamentos vulgares", como define
o colunista, à presidente Dilma. Já para Aécio, derrotado nas eleições
presidenciais, postaram "esse é o cara" em uma foto em que o tucano
estava cercado de mulheres.
Luciano Martins Costa traz à tona o fato de que não se sabe
quando o jornal teve acesso às publicações privadas no Facebook, "o que
autoriza o leitor a considerar que o jornal podia já saber, na ocasião, que a
fonte das especulações publicadas pela revista Veja na véspera da eleição era o
próprio núcleo de investigações, atuando a serviço do candidato do PSDB".
Para o jornalista, a reportagem mostra que "os delegados
federais responsáveis pela Operação Lava-Jato compunham uma espécie de comitê
informal do candidato Aécio Neves à Presidência da República enquanto vazavam
seletivamente para a imprensa dados do inquérito".
A revelação expõe ainda, escreve ele, "a perigosa
contaminação de toda uma superintendência regional da Polícia Federal por
interesses externos ao da atividade policial, o que coloca em dúvida a
qualificação de seus agentes para conduzir essa investigação, e, por
consequência, de todo o noticiário que se seguiu".
"Além disso, revela de onde vêm os factoides utilizados
pela imprensa para exercer sua influência em questões importantes para a
sociedade brasileira, como a eleição para a Presidência da República",
constata Luciano Martins Costa.
Fonte: Brasil 247.













