O
presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA), Greg Dyke, fez nesta
quinta-feira duras críticas à decisão da Fifa de fechar a investigação sobre
supostas irregularidades na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, que
acontecerá na Rússia, e de 2022, para a qual o escolhido foi o Catar.
"Ainda restam questões a serem respondidas. Ainda não
entendo por que o Mundial de 2022 foi dado ao Catar, quando estava bastante
claro para o próprio comitê técnico da Fifa que seria uma opção de alto
risco", disse Dyke à emissora inglesa "Sky News", em uma
entrevista na qual chamou de "piada" o relatório final do caso,
divulgado nesta quinta pela entidade máxima do futebol mundial.
O presidente da FA se pronunciou sobre o relatório da
Comissão de Ética da Fifa, depois que o responsável pela investigação original,
o americano Michael García, anunciou que recorrerá da decisão de fechar o caso.
"A apelação de García torna todo este processo uma
piada. Até a pessoa que fez a investigação diz que o relatório não reflete o que
ele defendia. É algo surpreendente para mim, e acredito que para a maioria das
pessoas, também", criticou Dyke.
O documento de 42 páginas com as conclusões do Comitê de
Ética divulgado hoje não vê fundamento para duvidar da lisura do processo para
escolha das sedes das próximas Copas, mas sugere que a candidatura da
Inglaterra para 2018 pode ter violado as normas ao ter conseguido um trabalho
para um parente do ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner.
Em dezembro de 2010, quando as sedes foram definidas, o
primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, classificou como
"turvo" o mundo da política que rodeia o futebol internacional e
garantiu ter sido enganado por dirigentes do organismo máximo do esporte.
Fonte:
Terra.













