Criança foi morta na madrugada de terça-feira (11),
em Fortaleza.
Ainda no hospital, militar prestou depoimento nesta sexta-feira.
Ainda no hospital, militar prestou depoimento nesta sexta-feira.
O subtenente do
Exército Francilewdo Bezerra prestou depoimento formal durante quatro horas ao
delegado Wilder Brito na tarde desta sexta-feira (28). O militar negou que
tenha matado o filho e tentado assassinar a mulher. "Uma coisa é negar por
negar. Ele negou, disse que não matou e apresentou argumentos que dão condições
de investigação. Ele traça a rotina do dia de forma divergente do que foi dito
pela mulher. Entre os pontos divergentes, está quando ela diz que ele sabia que
ela tinha um amante e ele disse que nunca soube disso'', afirmou o delegado.
Segundo o
delegado, ao ser perguntrado se havia alguém que se beneficiaria com a sua
morte, o subtenente apontou a mulher como beneficiária direta. "Ele disse
que além dos soldos, ela receberia um seguro do Exército que hoje está em torno
de R$ 153 mil e ainda um outro seguro em nome do filho", diz. O delegado
disse, ainda, que o casal passava por problemas no casamento "mas nada que
justificasse tentativa de asssassinato", diz.
A partir de
agora, os pontos divergentes vão ser analisados, segundo Wilder Brito, e todas
as informações prestadas pelos dois vão ser verificadas para que a veracidade
seja comprovada. "Se necessário, faremos uma acareação entre o subtenente
e a mulher para que as dúvidas que ainda possam permanecer sejam
esclarecidas", explica o delegado. A acareação ainda não tem data para
ocorrer.
Se acordo com o primeiro
depoimento da mulher do militar, Cristiane Renata Coelho, o marido obrigou que
ela e o filho ingerissem tranquilizantes com objetivo de matá-los e, em
seguida, tentou suicídio com remédios, mas o laudo toxicológico no corpo do
menino indicou que ele morreu por ingestão de veneno de rato. O filho foi
sepultado no Recife, em 12 de novembro, um dia após o crime. O subtenente foi
preso em flagrante e levado para o Hospital do Exército, onde ficou em coma por
uma semana. A mulher foi ouvida novamente e está no Recife, onde tem
familiares.
Na quinta-feira
(27), o subtenente foi transferido para um apartamento do Hospital Geral do
Exército, e a segurança em torno do suspeito foi mantida. "Eu pedi ao juiz
que mantivesse a prisão do subtenente para preservar a vida dele. Se
imaginarmos que ele não foi o autor desse crime, ele poderia correr risco de
vida se não estivesse seguro, dentro de uma instituição militar. Para garantir
a segurança, apenas três pessoas foram autorizadas a ter acesso a ele durante o
coma", disse o delegado.
Após sair do
coma, na segunda-feira (24), o militar foi ouvido informalmente pelo delegado
Wilder Brito, responsável pelo inquérito. "Ele teve a reação que eu
esperava ao saber dos fatos. Essa reação vai ser 'laudada' e anexada aos autos.
Uma reação para um leigo não tem muita ou nenhuma importância, mas para mim,
tudo é levado em conta", explica o delegado.
Mensagem em rede social
No perfil do militar no Facebook, foi deixada no dia do crime uma mensagem, apagada posteriormente, que dizia: "Té vendo essa mulher linda me pediu o divórcio. (...) Temos 2 filhos especiais vou levar um comigo obriguei ela a beber vinho com seus tranquilizantes p dormir e n vê o q vou fazer (sic)", disse. Em seguida, o subtenente pede perdão por matar o próprio filho. "Me perdoem família mas a carga ta grande demas e n aguento mais sfrer calado vendo essa mulher se anular a 10 ans (sic)".
No perfil do militar no Facebook, foi deixada no dia do crime uma mensagem, apagada posteriormente, que dizia: "Té vendo essa mulher linda me pediu o divórcio. (...) Temos 2 filhos especiais vou levar um comigo obriguei ela a beber vinho com seus tranquilizantes p dormir e n vê o q vou fazer (sic)", disse. Em seguida, o subtenente pede perdão por matar o próprio filho. "Me perdoem família mas a carga ta grande demas e n aguento mais sfrer calado vendo essa mulher se anular a 10 ans (sic)".
Fonte: G1