Advogada atendia cliente detido por suspeita de compra de voto no domingo. Polícia Militar nega agressão. OAB cita prisão ilegal de advogada.
A Ordem dos Advogados do Brasil no
Ceará (OAB-CE) solicitou nesta terça-feira (7) a expulsão de dois policiais
militares por prisão supostamente irregular e agressão à advogada Paula
Azevedo, em Fortaleza, no domingo (5). De acordo com relato da advogada
à OAB, ela prestava assistência a um cliente detido por suspeita de compra de
voto no dia da eleição.
“Violações às prerrogativas dos
advogados e advogadas não podem ser toleradas e as agressões dos policiais é um
retrocesso à garantia dos direitos adquiridos pela classe”, afirmou o
presidente da OAB no Ceará, Valdetário Monteiro.
Ainda segundo relato da advogada a
Valdetário Monteiro, ao chegar ao local da ocorrência do crime de compra de
voto, Paula foi abordada pelos policiais e colocada dentro da viatura. No
depoimento, a advogada relatou que, ao entrar na viatura da Polícia Militar,
foi levada à Polícia Federal e, em seguida, à Delegacia da Criança e do Adolescente
(Dececa), sendo liberada sem nenhuma acusação formalizada.
A Polícia Militar nega ter havido
agressão ou prisão ilegal e afirma que deteve, no domingo, três pessoas
suspeitas de crime de compra de voto.
Fonte: G1 Ceará.