Enfurecido
com a morte de um oficial de segurança, o presidente de exercício deu prazo até
segunda-feira para que os rebeldes que ocupam prédios do Estado deponham as
armas. As Forças Armadas da Ucrânia pretendem lançar uma operação contra o
terrorismo de "grande escala" para combater militantes separatistas
pró-Rússia, disse no domingo (13) o presidente em exercício Oleksander
Turchinov, elevando o risco de um confronto militar com Moscou.
Enfurecido
com a morte de um oficial de segurança do Estado e pelos ferimentos causados em
outros dois membros de órgãos de ordem pública em um confronto na cidade de
Slaviansk, Turchinov deu prazo até segunda-feira (14) aos rebeldes que ocupam
prédios do Estado para que deponham as armas.
Turchinov
acusou a Rússia, que se opôs ao levante pró-Europa que forçou a saída do poder
do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, de estar por
trás da série de levantes nas cidades, cujo idioma que falam é o russo, na
região leste da Ucrânia.
"O
sangue de heróis ucranianos foi derramado na guerra que a Federação Russa está
travando contra a Ucrânia", disse o presidente em um pronunciamento à
nação.
"O
agressor não parou e segue disseminando desordem no leste do país."
O
Ministério de Relações Exteriores russo chamou a operação militar planejada
pela Ucrânia de "ordem criminal" e afirmou que o Ocidente deve manter
sob controle seus aliados no governo da Ucrânia.
"Agora
é responsabilidade do Ocidente evitar uma guerra civil na Ucrânia", disse
em comunicado o ministério.
A nota
afirma ainda que colocará na pauta do Conselho de Segurança da ONU uma
discussão urgente sobre a situação no leste ucraniano.
Apesar de
militares da Ucrânia não terem resistido com força à anexação russa da
península ucraniana da Crimeia, Turchinov ameaçou com uma ação robusta contra
rebeldes no leste.
Fonte: Último Segundo IG.