Na última terça-feira, um encontro fora da agenda, noticiado em
primeira mão pelo 247 (leia aqui), agitou os meios políticos. João Roberto
Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, empresa recentemente autuada
pela Receita Federal, foi recebido pela presidente Dilma Rousseff. Dois dias
depois, circulou a versão de que Dilma teria questionado João Roberto sobre o
noticiário carregado da emissora, do seu jornal O Globo e também da revista
Época, que pertence ao grupo (relembre aqui).
Eduardo Guimarães, do Blog da
Cidadania e colunista do 247, foi o primeiro a notar que, se algum pedido
aconteceu, ele não foi atendido (leia aqui sua
coluna). E se havia ainda alguma ponta de dúvida sobre a postura da Globo, a
resposta veio no editorial da revista Época deste fim de semana, assinado pelo
jornalista Helio Gurovitz. Segundo ele, a tragédia que se abate neste momento
sobre o Brasil – um país com pleno emprego e mais de US$ 350 bilhões em
reservas – é comparável às pragas do Egito.
"Um clima de
desencanto se espalhou pelo país com a enxurrada de más notícias que se abatem
sobre o país, como as pragas do Egito. Alta na inflação, falta d'água, risco de
apagão, atraso nas obras da Copa, intervenção na Olimpíada, corrupção na
Petrobras e em tantas outras esferas de governo – a situação realmente não está
fácil", diz ele, no mesmo editorial, em que sugere que, com o voto, o
eleitor mude os rumos de um país em situação tão trágica e desesperadora.
Provavelmente, o país em que
você vive não é o mesmo retratado pela revista. Mas o editorial dos Marinho
pode ser resumido de forma mais simples. Atenção, eleitor, a Globo não quer que
você vote em Dilma.
Fonte: Brasil 247.