Todo o barulho em torno da Petrobras foi o pretexto encontrado
pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para defender sua política de
privatizações. Segundo ele, os casos que vêm sendo explorados pela oposição –
como a compra da refinaria de Pasadena, no Texas – demonstram que ele estava
correto.
No fim de seu governo, FHC
tentou mudar o nome da Petrobras para Petrobrax. Dizia-se, à época, que, assim,
a empresa teria uma identidade mais global, podendo atrair mais investidores
internacionais. O plano, no entanto, foi rechaçado pela sociedade e FHC
abandonou a ideia.
No fim de seu governo, quando
era presidida por Henri Philippe Reichstul, a Petrobras realizou uma transação
extremamente polêmica, que foi contestada judicialmente e hoje está no Superior
Tribunal de Justiça, onde a então relatora, Eliana Calmon, determinou a
realização de uma perícia. A Petrobras trocou
ativos com a espanhola Repsol, recebendo uma refinaria na Argentina às vésperas
da crise cambial no país vizinho e entregando 30% da Refinaria Alberto
Pasqualini, no Rio Grande do Sul, 10% de um campo de petróleo na Bacia de
Campos e mais de 700 postos de combustíveis – avaliações apontam que o Brasil
entregou US$ 3 bilhões e recebeu US$ 750 milhões (leia maisaqui).
FHC afirma que a oposição dever
tomar "à unha o pião dos escândalos" da Petrobras, mas este caso da
Repsol, que já se encontra num tribunal superior, também poderá ser
investigado.
Fonte:
Brasil
247.