O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará
removeu nesta quinta-feira (9) os ex-policiais que ocupavam a frente da
Assembleia Legislativa do Ceará e uma parte da Avenida Desembargador Moreira.
Os policiais sub judice ocupavam o local desde 17 de dezembro em protesto pela
nomeação de cargo.
Eles
trabalham durante dois anos como policiais militares após aprovação em concurso
público determinada pela Justiça. O Governo do Estado recorreu e conseguiu,
também na Justiça, eliminar a aprovação dos candidatos.
Segundo O Governo do Estado, eles descumpriram
pontos previstos no edital do concurso e não deveriam ter sido aprovados.
Após a
remoção, os ex-policiais passaram a ocupar a calçada de estabelecimentos
comerciais em frente à Assembleia Legislativa. “Nós vamos nos reunir e decidir
o futuro das manifestações, mas por enquanto vamos ficar aqui, acampados, mesmo
que não estejamos ocupando a via”, diz Renan Sousa, um dos manifestantes que
ocupava o local.
Os ex-policiais dizem que a desocupação ocorreu de
forma ilegal, sem apresentação de um mandado judicial. O major da Polícia
Militar Alexandre, responsável pela operação, nega qualquer ilegalidade. “A
ação visa garantir o direito de ir e vir, o trânsito dos veículos e dos
pedestres, que era impossibilitado por causa da ocupação da via”, diz o policial.
Os policiais sub judice acusam também os policiais
de terem agido de forma “violenta”, o que o major Alexandre também nega. “A
ação foi toda filmada, abrimos um canal de diálogo e toda ação ocorreu de forma
tranquila, sem nenhuma atitude violenta”, diz.
Os pertences dos manifestantes foram apreendidos e
levados à Secretaria Executiva Regional. Os proprietários poderão resgatar o
material a partir de sexta-feira (10). Um dos manifestantes acompanhou o
traslado do material apreendido até a Secretaria.
Fonte: Camocim Polícia 24h.
