Brasil 247 - Conhecida
nacionalmente nos tempos da CPI dos Correios, promotora de eventos acusada de
agenciar garotas de programa de luxo para políticos de Brasília é presa durante
a madrugada desta segunda-feira 2; Polícia Civil do Distrito Federal detém outras
oito pessoas e dá proteção a mulheres que eram exploradas sexualmente em
cárceres privados; condenado e preso na Ação Penal 470, publicitário Marcos
Valério apareceu na CPI como tendo usado os serviços de Jeany Mary Corner para
agradar parlamentares; ela vai revelar à polícia segredos de alcova dos
políticos que foram seus clientes?
Conhecida em Brasília como Jeany Mary Corner (Joana Maria Esquina, em tradução livre) e apontada como agenciadora de mulheres para políticos em todo o país, Jeany Gomes da Silva foi presa na madrugada desta segunda-feira 2 pela polícia civil, em Brasília. Junto a outras oito pessoas, ela caiu nas investigações da Operação Red Ligh (luz vermelha), de combate à corrupção de luxo na capital federal.
Durante a CPI
dos Correios, Mary Corner teve seu nome citado pelo então senador Demóstenes
Torres e começou a ganhar fama nacional. Mais tarde, ela foi apontada como
tendo prestado serviços de agenciamentos de mulheres para o publicitário Marcos
Valério, pivô da Ação Penal 470, o chamado mensalão. Valério teria cotratado
prostitutas com ela para prestar favores a políticos.
Apesar de se
dizer afastada dos negócios da prostituição de luxo, acredita-se que Mary
Corner tenha em seu poder anotações de prestação de serviços que poderiam
causar dissabores pessoais e profissionais a muitos políticos graduados.
Radicada em Brasília desde a década de 1990, ele já admitiu em entrevistas ter
fornecido para garotas para inúmeras festas regadas a sexo pago e frequentadas
por dezenas de personagens graúdos da República.
Para ela,
neste momento, a situação é delicada. A Polícia Civil de Brasília suspeita de
Mary Corner faça parte de um esquema de manteria na cidade, contra a vontade,
em regime de cárcere privado, várias garotas de programas atraídas de
diferentes partes do país por propostas de realização de programas sexuais por
até R$ 10 mil. A polícia informa que algumas mulheres foram retiradas de seus
locais de cativeira para ficarem sob a proteção do poder público.
Como sempre
acontece a cada vez que o nome de Mary Corner surge no notícias, muitos
políticos entram em estado de tensão. Com famílias em suas cidades de origem,
eles passam boa parte do tempo na capital federal sem suas esposas, o que cria
a oportunidade para o desfrute de serviços como os oferecidos pela
agenciadoras. "Todo mundo sabe que eu não faço mais isso", tem
repetido Mary Corner em suas últimas entrevistas. A policia, como se vê pela
sua prisão, não acredita nessa versão. Ela poderá responder a processo por
favorecimento à prostituição e rufianismo, ato de se aproveitar de prostitutas.
Fonte: Brasil 247.