Professores e estudantes de
universidades estaduais acampam na AL.
Grupo em greve reivindica audiência com o governador Cid Gomes.
A ocupação da Assembleia Legislativa do Ceará por
estudantes e professores das universidades estaduais completa quatro dias nesta
segunda-feira (2) com cerca de 70 pessoas no local. Os manifestantes permanecem
no hall de entrada da Assembleia e entraram em acordo com deputados e
seguranças para não ocupar o plenário.
“Nosso objetivo é ter uma audiência com o governador Cid Gomes e apresentar todas as propostas de
melhoria para as universidades estaduais. Não sairemos do local até termos a
garantia desta audiência”, afirma o professor da Universidade Estadual do Ceará
(Uece) Macário Epitácio.
Os manifestantes tiveram o nome registrado em uma lista
que garante “passe livre” na Assembleia, ou seja, eles podem entrar e sair do
local sem o impedimento de policiais que fazem a segurança do local. Os
deputados Antônio Carlos (PT) e Eliane Novais (PSB)
afirmam que vão solicitar colchões e alimentos para os manifestantes.
"Nós chegamos a fazer uma proposta para que os
professores suspendam a greve e retomem as aulas para que os estudantes não
sejam prejudicados. Como contrapartida, o governador receberia um grupo de
trabalho durante uma semana para discutir as propostas, mas não foi aceita. Com
a audiência pública, os deputados podem fazer a interlocução e as devidas
ponderações junto ao governador Cid Gomes", afirma o deputado Sarto, líder
do governo na Assembleia.
Os professores pararam as atividades da Uece 29 de
outubro; antes disso, parte dos alunos já deixado de frequentar as aulas em
protesto por melhoria nos campi da universidade. Segundo o professor Geovani
Facó, que faz parte do movimento grevista, o campus do Itaperi, que era o único
que ainda realizava atividades, deve parar as aulas a partir desta terça-feira.
“Como a decisão não foi unânime, é possível que professores de alguns cursos
ainda deem aula nos próximos dias, mas a decisão tomada em assembleia é
paralisação total”, diz.
Em 5 de novembro, professores da Universidade Regional
do Cariri, também paralisaram as atividades reivindicando contratação de mais
professores e melhorias na infraestrutura. Um grupo de professores do Cariri
participa do protesto em Fortaleza.
A assessoria do governo informou que o governador do Ceará, Cid Gomes, está em Brasília e não negocia com servidores em greve.
A assessoria do governo informou que o governador do Ceará, Cid Gomes, está em Brasília e não negocia com servidores em greve.
Fonte: G1 Ceará.