Quando o competente e comprometido
diretor Dagoberto dos Santos saiu do Atlético-Pr sem qualquer motivo (relembre aqui), muitos não entenderam o porquê. Mas aos poucos
tudo vai se esclarecendo. Já não é de hoje que fãs deste que um dia foi o
esporte mais popular do planeta vem sendo confrontados com uma dura realidade:
futebol virou um negócio. Nada mais.
Desde outubro começou a rondar nos bastidores o medo de
que o Atlético-Pr não conseguisse terminar a tempo as obras da Arena da Baixada
e, assim, perdesse o direito de sediar a Copa do Mundo. Não apenas o clube
paranaense, mas também a CBF ligou o "alerta vermelho". O time,
porém, vinha correspondendo muito bem em campo, e é atualmente vice-líder do
campeonato brasileiro, com vaga na Libertadores da América praticamente
garantida.
A derrota na final da Copa do
Brasil levantou suspeitas: como um dos melhores plantéis do país poderia perder
para um time como o Flamengo, que lutou para não ser rebaixado no Campeonato
Brasileiro? Os fatos que serão aqui expostos estão sendo apurados e muito em
breve aparecerão na grande mídia, tão logo as provas definitivas sejam colhidas.
No dia 26 de Novembro, véspera
do jogo final, o Sr. Mario Celso Petraglia (presidente do Atlético), o técnico
Vagner Mancini, e o Sr. Jorge Fontes Hereda, diretor geral da Caixa Econômica
Federal, se reuniram com os jogadores e apresentaram uma curiosa "proposta":
perder o jogo, dando ao Flamengo seu terceiro título no prestigiado torneio
nacional.
De acordo com o que foi
proposto, clube e jogadores seriam beneficiados: ao Atlético-PR, a garantia de
que o estádio ficaria pronto e apto a abrigar os 4 jogos da Copa do Mundo e uma
renovação do patrocínio da Caixa Econômica Federal, quealegadamente vinha pagando
menos ao clube do
que ao rival, Coritiba.
Para os jogadores, houve um
pagamento em dinheiro (R$ 50.000 para cada um e mais um bônus de R$2 milhões a
serem divididos entre os titulares, reservas e comissão técnica) e a garantia de transferência para
a Europa, envolvendo um clube polonês: o Wisla Cracóvia transferiria atletas para o Atlético-PR,
que viabilizaria bons contratos na Europa para alguns dos principais jogadores,
especialmente Delatorre, Weverton e Ederson.
O título do Flamengo ainda não
está homologado na CBF: Grêmio e Goiás já entraram com recurso solicitando
suspensão imediata dos dois finalistas.
Terá sido um bom
negócio para o Atlético?
Tim Vickery
Fonte:
UOL.