Um grupo de manifestantes que se autodenomina
"Black Bloc SP" (bloco negro, em inglês) interditou vias e
tentou depredar lojas na região central de São Paulo na noite desta
quinta-feira. Segundo o coronel da Polícia MIlitar Reynaldo Simões
Rossi, comandante do policiamento do centro, seis pessoas foram
detidas na tentativa de invasão de uma drogaria. Entre elas dois menores – um é
menina. Eles devem ser autuados por lesão corporal e resistência à prisão,
disse o coronel. Mais tarde, outras sete pessoas foram detidas e levadas à
meia-noite ao 78º DP, nor Jardins. A PM chegou até eles por uma denuncia
telefônica. Eles estariam depredando duas agências bancárias na região da Rua
Augusta.
A manifestação foi organizada nas redes sociais
pelo grupo intitulado "Black Bloc SP", com
concentração em frente à Prefeitura de São Paulo. Como o prédio da
administração municipal estava com a segurança reforçada e cercado por grades,
os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas do centro – vias foram
interditadas e lojistas fecharam as portas temendo depredações.
Na região da Avenida Paulista, alguns vândalos
encapuzados tentaram depredar uma drogaria, mas a Polícia Militar impediu a
ação. Nesse momento, houve confronto e os baderneiros foram detidos. A PM
monitorou toda a passeata com efetivo reforçado, viaturas e apoio da Força
Tática para evitar a destruição de estabelecimentos e do patrimônio
público.
Com os rostos encobertos e vestidos de preto, o
grupo carregou uma faixa em apoio ao movimento homônimo do Rio de
Janeiro contra o desaparecimento, no dia 14 de julho, do pedreiro Amarildo
Souza. Alguns também protestaram contra a atuação da PM e o governador
paulista, Geraldo Alckmin.
O termo "black bloc" se refere a uma
tática de promover atos de vandalismo e depois se misturar à multidão,
empurrando a massa para comportamentos similares, usada na década de 1990 por
anarquistas europeus. Em sua página no Facebook, o grupo "Black
Bloc SP" usa uma citação do ativista anarquista italiano Errico
Malatesta e ataca políticos.
Fonte:
CPN – Ceará Portal
de Notícias.
Veja
o vídeo do Estadão.