Crise Síria O secretário de Defesa
dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse nesta terça-feira que o país está pronto
caso o presidente Barack Obama ordene uma intervenção militar na Síria. A
chance de uma ação americana cresceu após Washington afirmar que o regime de
Bashar al-Assad usou armas químicas.
A declaração foi feita na segunda
(26) pelo secretário de Estado americano, John Kerry, que disse ser inegável o
uso dos agentes químicos. O uso do armamento foi a condição colocada por Obama
para uma intervenção militar na Síria.
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Em entrevista à rede de televisão
BBC, Hagel afirmou que as Forças Armadas americanas movimentaram recursos para
permitir que a ação aconteça o mais rápido possível. "Estamos prontos para
atuar. Deslocamos recursos para cumprir e acatar qualquer opção que o
presidente deseje realizar", declarou Hagel.
Ele acrescentou que os Estados
Unidos em breve apresentarão as provas do uso pelo regime sírio de Bashar
al-Assad de armas químicas. Após discussões com seus colegas britânicos e
franceses no início do dia, Hagel disse que "a maioria dos países acredita
que o regime sírio está por trás do ataque perto de Damasco.
"Eu acho que a maioria dos
nossos aliados, os países da comunidade internacional com quem falamos e temos
contactado, tem poucas dúvidas de que os direitos humanos mais básicos foram
violados com o uso de armas químicas (pelo regime sírio) contra seu próprio
povo".
Estados Unidos, França e Reino
Unido avaliam uma intervenção militar na Síria após a acusação rebelde de um
ataque militar contra civis na região de Ghouta, área ao lado da capital síria
dominada pelos opositores. Segundo ativistas, cerca de 1.300 pessoas morreram.
Já a organização Médicos Sem
Fronteiras afirma que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos
causados por intoxicação, sendo que 355 morreram. A ação aconteceu três dias
após a chegada dos inspetores da ONU a Damasco para verificar denúncias de
armas químicas.
ATAQUE
Segundo o jornal "Washington
Post", Obama planeja uma ação rápida na Síria, destinada a ser uma punição
ao regime de Bashar al-Assad para o uso de armas químicas. Integrantes do
governo americano ouvidos pela publicação afirmam que Washington não deseja se
envolver muito no conflito.
Os funcionários afirmam que esse
ataque não deve durar mais de dois dias e envolverá mísseis, que seriam
lançados de navios e bases no mar Mediterrâneo. Os alvos seriam instalações
militares não relacionadas com os depósitos de armas químicas.
O ataque só seria autorizado após
a liberação de um informe da inteligência americana sobre o uso de armas
químicas pelo regime sírio, consulta a países aliados e ao Congresso e a
determinação de uma justificativa pela lei internacional.
Com a possibilidade de veto da
Rússia no Conselho de Segurança da ONU, a decisão sobre a intervenção deverá
ser tomada pela Otan, assim como na ação à antiga Iugoslávia no conflito de
Kosovo, em 1999, e mais recentemente no caso da Líbia, há dois anos.
Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa.