Segundo
integrante, governo 'sinalizou' subsídios; Planalto não confirmou. Para
integrante do MPL, gratuidade 'é uma questão política e não técnica'.
A
líder do Movimento Passe Livre, Mayara Vivian, afirmou nesta segunda-feira (24)
que a presidente Dilma Rousseff disse que a tarifa zero para transportes
públicos seria "inviável". De acordo com Vivian, Dilma teria
sinalizado, contudo, a possibilidade de conceder subsídios para reduzir os
preços das passagens.
"Ela
entendeu que a pauta da tarifa zero é uma necessidade da população e disse da
inviabilidade. Mas para gente é uma questão política e não técnica. Se tem
dinheiro para estádio e tem dinheiro para Copa do Mundo, tem dinheiro para a
tarifa zero", afirmou Mayara Vivian.
Indagada se
a presidente teria indicado que concederia subsídios para reduzir preços, a
líder do MPL afirmou: "Sinalizou, porém, ela vai fazer esse anúncio. É
melhor aguardar." O G1
procurou a assessoria da Palácio do Planalto para confirmar as
informações, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem.
Mayara também reclamou do que chamou
de "falta de preparo" da Presidência sobre o tema do passe livre e
pediu "ações concretas". "Ela não passou nenhuma informação.
Estamos sem nenhuma ação concreta. Vimos a Presidência completamente
despreparada. Eles não sabem nem quanto custaria á tarifa zero."
A líder do
MPL disse ainda que a presidente se dispôs a dar continuidade ao
"diálogo" com o movimento. "A presidenta reconheceu o transporte
como um direito social e que deve ter um controle social do transporte. Existe
um convite da Presidência para continuar o diálogo. O povo está na rua, então
esse canal de diálogo não anula a continuidade da luta pela tarifa zero."
Diante dos protestos em todo o
país, a presidente Dilma marcou audiências nesta segunda com lideranças do MPL,
prefeitos e governadores. Na abertura da reunião com os 27 governadores e 26
prefeitos, ela propôs a adoção de cinco pactos nacionais (por responsabilidade
fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação).
Em relação ao segundo pacto, a
presidente disse que apoiará a discussão de uma proposta de convocação de um
plebiscito para que o eleitorado decida sobre a convocação de um plebiscito
popular para um processo constituinte específico destinado a fazer a reforma
política.
Fonte: GI Ceará.