Após primeira inspeção, técnicos vão voltar para verificar reparos.
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado aprovou nesta
terça-feira (5), por unanimidade, uma nova inspeção em regime de urgência no
Hospital Regional Norte, emSobral. O voto foi apresentado pelo
relator do processo que investiga a queda da marquise do equipamento no dia 17
de fevereiro, conselheiro Rholden Queiroz.
A data da visita
será definida nesta quarta-feira (6), de acordo com o TCE. Segundo o
conselheiro, durante a inspeção será verificada a compatibilidade dos reparos
das marquises e realizada uma vistoria em todas as instalações físicas no que
se refere à adequação construtiva e termo de recebimento do Hospital na
conclusão das obras
O relatório da primeira inspeção,
solicitada pelo presidente do TCE, Valdomiro Távora, elaborado por técnicos do
Tribunal apontou como causa da queda da marquise a execução defeituosa de
fixação dos chumbadores metálicos. Segundo o documento, a “fixação dos
chumbadores metálicos no mesmo sentido da marquise”, gerou “desgaste dos furos
no concreto provocado pelos movimentos próprios das estruturas em balanço”. No dia 26 de fevereiro, o TCE definiu o relator do
processo, por meio de um sorteio eletrônico. Na mesma ocasião, a Corte de
Contas aprovou a divulgação do relatório técnico à sociedade devido à
relevância do tema.
O hospital custou
R$ 227 milhões e foi inaugurado em 18 de janeiro com show de R$ 650 mil da
cantora Ivete Sangalo, mas ainda não começou a atender ao público. Quase um mês
depois, no dia 17 de fevereiro, a marquise do prédio caiu em um dia de chuva e
ventos fortes na cidade, ferindo dois funcionários das construtoras. A unidade
foi construída para atender toda a região norte doCeará.
Polêmica
O Ministério Público de Contas questionou o preço do cachê de Ivete, mas o Tribunal Contas do Ceará (TCE) não detectou irregularidades.
O Ministério Público de Contas questionou o preço do cachê de Ivete, mas o Tribunal Contas do Ceará (TCE) não detectou irregularidades.
O Ministério
Público Federal chegou a pedir na Justiça que o governador do Ceará, Cid Gomes,
devolvesse o valor do cachê próprio bolso. A Justiça Federal afirmou que não
tinha competência para julgar o caso, já que não envolve dinheiro da União.
Em nota, o
consórcio Marquise/EIT disse ter constatado a má fixação durante o período
vigente de entrega definitiva contratual de 90 dias, em que fazia ajustes
técnicos na obra, comum em contratos públicos. "A referida equipe
encontrava-se no momento da ocorrência em plena atividade, buscando realizar o
ajuste necessário. Assim, o episódio ocorrido durante esse período de atividades,
foi algo pontual numa marquise externa com dimensão de 6m x 18m; fato que
tecnicamente não compromete em nada a estrutura do restante da edificação, que
possui extensão total de 57 mil m², executados dentro dos melhores padrões de
construção civil'', informa a nota. Segundo o consórcio, os reparos serão
finalizados em 15 dias.
Fonte: G1-CE