Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 6, em São Paulo, pelo
movimento Todos Pela Educação.
No Ceará, 148.038
mil crianças e jovens entre 4 e 17 anos estão fora da escola. A
maioria desses jovens tem entre 15 e 17 anos e somam 98.502 mil. Já entre as
crianças de 6 a 14 anos o número é de 25.043 mil e de 4 a 5 anos, 24.493 mil.
Por outro lado, 2.052.892
milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estão frequentando a escola no
Ceará, de um número total de 2.200.930 milhões de crianças e jovens que vivem
no Estado. No entanto, este número está abaixo da meta estabelecida pelo
movimento Todos Pela Educação, responsável pela divulgação destes dados.
O estudo, que traz dados sobre
o desempenho dos estudantes brasileiros, acompanha os indicadores educacionais
do País com relação ao atendimento escolar à população de 4 a 17 anos,
alfabetização, desempenho dos alunos no ensino fundamental e médio, conclusão
dos estudos e financiamento da Educação. A entidade estabelece que até 2022,
98% ou mais dos jovens e crianças entre 4 e 17 anos estejam matriculados e
frequentando a escola.
Segundo dados do relatório,
93,3% da população de 4 a 17 anos no Ceará frequenta escola ou creche (2011), a
meta estabelecida pelo movimento era de 94,8%.
No Estado, 63,6% da população
de 16 anos concluiu o ensino fundamental em 2011 (a meta era de 69,3%) e 55,8%
da população de 19 anos concluiu o ensino médio (a meta era de 44,5%).
O estudo aponta ainda que
31,9% dos alunos cearenses possuem aprendizagem adequada à série para o 5º ano
do ensino fundamental em matemática e 38,7% em português. A meta era de 24,5% e
36,8%, respectivamente.
Nos anos finais do ensino fundamental
(9º ano), 24,4% dos alunos no Ceará ultrapassaram a meta parcial de 21,5% em
Língua Portuguesa. E, em Matemática, 14,5% alcançaram o nível (a meta era de
18%).
Já no 3º ano do ensino médio,
24% apresentaram desempenho adequado em português, para uma meta de 28,9%; e 9%
em matemática, inferior à meta parcial de 21,5%.
Dados Nacionais
De acordo com os dados do
movimento Todos pela Educação, no Brasil, mais de 3 milhões de crianças e
jovens de 4 a 17 anos estão fora do ambiente escolar. Os dados dessa edição
foram atualizados com os resultados da edição de 2011 da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad 2011).
Em relação à Meta 1
(atendimento escolar à população de 4 a 17 anos), nenhuma região do País
cumpriu a meta parcial e apenas sete unidades da federação cumpriram as metas:
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Roraima e Sergipe.
Rondônia foi o estado que ficou mais distante da meta, com 5,3 pontos
percentuais. Sua taxa foi de 86,3% para uma meta de 91,6%, porém, foi um dos
estados que apresentou mais avanços em relação à situação em 2000, quando tinha
73,9%.
No documento, consta que os
investimentos em Educação Básica cresce ano a ano, mas ainda não supera a marca
de 5% estabelecida pelo movimento como meta para 2010. Na comparação
internacional com os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), de acordo com os dados do relatório Education at Glance 2012,
no investimento anual por estudante do Ensino Fundamental à Educação Superior,
o Brasil ocupa a antepenúltima colocação, de uma lista de 35 países. O País
investe 1/3 do valor médio investido pelos países da OCDE.
Movimento Todos Pela Educação
Fundado em 2006, o Todos Pela
Educação tem o objetivo de contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da
Independência do Brasil, o país assegure Educação Básica de qualidade a todas
as crianças e jovens brasileiras. O movimento reúne representantes de
diferentes setores da sociedade, como gestores públicos, educadores, pais,
alunos, pesquisadores, profissionais de imprensa, empresários, além de
organizações comprometidas com a garantia do direito a uma Educação de
qualidade.
As cinco metas a serem alcançadas até 2022 são: toda criança e jovem de 4 a 17
anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo aluno
com aprendizado adequado ao seu ano; todo jovem com ensino médio concluído até
os 19 anos, e investimento em educação ampliado e bem gerido.
Fonte: O Povo.