sábado, 23 de março de 2013

Primeira parte do escândalo na CBF, Maria Marin fala mal do ministro dos esportes.

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JÚLIA RODRIGUES
Em ascensão no ranking das mais ouvidas na internet, a gravação de um palavrório de José Maria Marin ameaça prolongar a insônia do atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Ouve-se a voz inconfundível do principal cartola do país conversando, supostamente, com diretores da BWA ─ empresa especializada na produção de ingressos que, até poucos anos, monopolizava a confecção de bilhetes de entrada para todos os jogos de times paulistas. A BWA também disputa na justiça a administração do Estádio Castelão, em Fortaleza.
            No áudio, Marin pode ter estabelecido um novo recorde em matéria de baixarias por minuto. “Não mencionem o meu nome! Se me perguntarem de vocês, eu vou dizer que vocês dois são dois grandes filhos da p… irresponsáveis”, diz a certa altura. Ele se mostra grávido de indignação com o envolvimento do seu vice-presidente Marco Polo Del Nero em histórias muito mal contadas.“Do jeito que estão fazendo, vocês vão por o Marco Polo até na cadeia”, irrita-se o ex-deputado estadual e ex-governador paulista.
            Del Nero também é presidente da Federação Paulista de Futebol, integrante do Comitê Executivo da Fifa e dono de um escritório de advogacia que tem há 18 anos, em sua carteira de clientes a BWA. “Vocês estão correndo o Brasil dizendo que são sócios do Marco Polo Del Nero, que a Ambev é cliente deles, e estão jogando outras federações contra o Marco Pol”, acusa Marin. “Vocês são tão idiotas para mostrar que tem poder”.
            “Este último vídeo do Marin comprova que a CBF está nas mãos de uma quadrilha”, denunciou pelo Twitter o deputado federal (PSB-RJ). “Prende esses caras, está na hora de dar um exemplo para o Brasil”. O bombardeio que inferniza vida de Marin vai além do território do futebol. Também acusado de envolvimento na trama que resultou no assassinato do jornalista Vladimir Herzog, o comandante da CBF é alvo de uma petição que exige seu afastamento do cargo.
Divulgada no início de março, outra gravação abalou as relações entre Marin e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. “Olha, entre nós, o poder dele é meio limitado”, diz o loquaz supercartola a um interlocutor não identificado. “Eu trato ele muito bem, com toda deferência me dirijo a ele, mas a gente percebe que ele não é um ministro de força”. Marin tem reiterado que “as gravações foram manipuladas e serão tratadas como crime”.

Fonte: Veja Online.

(sobre o ministro Aldo Rebelo)
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