A mídia colonizada está em festa!
Ela montou um verdadeiro circo, com dezenas de correspondentes, para cobrir a
eleição presidencial nos Estados Unidos. A toda hora os servis “calunistas”
repetem que os EUA são “um exemplo de democracia no mundo”. Poucas são as
críticas ao processo indireto de escolha do presidente, ao bipartidarismo
totalitário do império ou às fortunas gastas na campanha eleitoral mais cara do
planeta. A mídia nativa, que hostilizou os protestos do “Ocupe Wall Street”,
ama a “democracia ianque”!
O escritor Marc Vandepitte, em
artigo publicado no sítio espanhol Rebelión, ajuda a desmascarar esta farsa.
Ele comprova que o que há nos EUA é uma “democracia” dos ricos e para os ricos.
“Estas eleições batem todos os recordes de gastos em publicidade. Os dois
candidatos juntos gastaram em suas campanhas cerca de US$ 5 bilhões, dos quais
mais da metade em anúncios televisivos. Com esta soma daria para garantir água
potável para todos os habitantes do planeta e instalações sanitários para 900
milhões de pessoas”.
O grosso desta fortuna foi doado
pelas poderosas corporações empresariais e pelos maiores ricaços do país, que
mandam, de fato, no país. Eles bancam a eleição do presidente da República, dos
senadores e dos deputados. Vandepitte lembra que apenas 26 bilionários doaram
neste ano US$ 61 milhões para os dois presidenciáveis. “Estas pessoas possuem o
equivalente a 50 milhões de habitantes mais pobres dos EUA”. Elas montam grupos
de pressão, os famosos lobbies, para definir os rumos políticos e econômicos do
país.
“Metade dos senadores e 42% dos
membros da Casa de Representantes pertencem a estes grupos de pressão”. Nesta
democracia de fachada, os candidatos são joguetes. Eles têm pouca ou nenhuma
autonomia para definir as políticas. O “democrata” Barack Obama, que gerou
tantas esperanças, acabou frustrando a sociedade pela sua total falta de
ousadia. Já o “republicano” Mitt Romney é a expressão acabada destas elites
rentistas. Nas eleições de hoje, os estadunidenses optarão entre o ruim e o
pior. Triste democracia.
Fonte: Sobral de Prima