O projeto da White Martins de produção de hidrogênio verde (H2V) no Porto do Pecém será a maior planta da empresa no Brasil. É o que afirma o presidente da White Martins e da Linde na América do Sul, Gilney Bastos.
Isso porque a unidade idealizada no Ceará será 20 vezes maior que do que a operação já instalada em Pernambuco. Já em São Paulo, a unidade deve ser inaugurada no meio de 2025, porém, é 5 vezes maior do que a de Pernambuco.
"A planta de São Paulo já tem um tamanho razoável, mas a do Ceará será 20 vezes maior (que a de Pernambuco). Vai ser para exportar mesmo", explica Gilney Bastos.
Desde 2021, a companhia global na produção de gases industriais e medicinais assinou um memorando com o Governo do Ceará para implementação de uma planta de H2V no Estado, que ainda está em construção.
Nesse sentido, o presidente ressaltou que o memorando com o Estado já saiu do papel e, no momento, já entrou na fase de investimentos de engenharia, com aplicações sendo desenvolvidas.
"A gente não entra sozinho porque, por exemplo, todo o projeto de hidrogênio verde é um consórcio. [...] A parte do transporte também necessita de parceiros. Tem que ter alguém que cuide da exportação em si. Então somos um pedaço do consórcio, mas já estamos trabalhando além do memorando."
No entanto, o presidente da White Martins e da Linde na América do Sul reclamou do estado das rodovias brasileiras. Isso porque, com estradas esburacadas, há uma dificuldade no transporte de gases, especialmente levando em consideração a entrada do Porto do Pecém.
"Na demanda futura do Porto do Pecém, vai ser fundamental que a infraestrutura seja condizente com o tamanho dos projetos que se tem ali", reforça Gilney Bastos.
Sobre projetos em andamento para o hidrogênio verde, ele explicou que muitas empresas entram em contato para produção, além do memorando assinado com o Governo do Ceará. Porém, alegou que não pode dizer quais.
Fonte: Jornal O Povo.