quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Camilo na Educação tem melhor aprovação que ministros de Bolsonaro, diz pesquisa.

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     Pesquisa Atlas divulgada nesta terça-feira, 6, mostra que a percepção sobre a qualidade da Educação pública é melhor no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). A pesquisa perguntou: "Em comparação ao governo anterior do Jair Bolsonaro, o governo Lula vem demonstrando um desempenho melhor ou pior em uma das seguintes áreas?". 

 

    Para 51% dos entrevistados (veja gráficos abaixo da matéria), a gestão da pasta pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), supera as anteriores. O petista trabalha para tornar uma experiência nacional o caso cearense com a educação pública, principal vitrine do grupo político do qual ele faz parte, também liderado pelo senador Cid Gomes (PSB) e pelo governador Elmano de Freitas (PT).


    A alfabetização na idade certa, as escolas de tempo integral e o combate à evasão escolar, por meio de bolsa mensal em prol da permanência dos alunos de ensino médio, batizada "Pé de Meia", são carros-chefe da gestão de Camilo Santana no MEC. A ex-secretária de Educação e ex-governadora do Ceará, Izolda Cela (PSB), atua como "número 2" da pasta. É principalmente a ela que se atribui a "virada" que a educação pública cearense registrou no final dos anos 2000. 

 

    Sob o governo de Jair Bolsonaro, a área era foco constante de instabilidades. O ambiente tumultuado se reflete no número de ministros. Cinco foram nomeados: Ricardo Vélez Rodríguez (2019), Abraham Weintraub (2019-2020), Carlos Decotelli (2020), Milton Ribeiro (2020-2022) e Victor Godoy Veiga (2022). Milton, inclusive, foi preso após renunciar ao cargo. Decotelli não chegou a assumir.  

 

    O ex-ministro foi investigado por prevaricação, corrupção passiva, advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto esquema de liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC). Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura também estiveram envolvidos no caso. Eles foram investigados por atuar de modo informal na liberação de recursos do Ministério da Educação por meio da liberação de propina.

 

    Consequência da ideia de que, na sala de aula, alunos recebiam formação marxista indevida, chamada de doutrinação, uma das bandeiras do governo Bolsonaro foi o homeschooling, formato de educação que defende que crianças e adolescentes sejam educados pelos pais, em casa, em vez de frequentar escolas. Outra bandeira bolsonarista foi a implementação de escolas cívico-militares pelo País. Camilo não considera a política como exitosa

 

    Camilo disse que só 0,14% das 178 mil escolas brasileiras segue o modelo cívico-militar. Na execução orçamentária, conforme o ministro, de R$ 98,5 milhões destinados ao projeto, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), apenas 0,25% foram usados pelos estados e municípios.

 

    A pesquisa ouviu 7.405 pessoas de 28 a 21 de janeiro. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos. Direitos humanos e igualdade racial; agricultura; redução da pobreza e políticas sociais são três áreas que superam a educação na percepção dos entrevistados. Direitos humanos e igualdade racial; agricultura; redução da pobreza e políticas sociais são três áreas que superam a educação na percepção dos entrevistados.

 

    Os entrevistados disseram que o governo Bolsonaro vai melhor que o governo Lula nas seguintes áreas: segurança pública, responsabilidade fiscal e justiça e combate à corrupção.


Fonte: Jornal Diário do Nordeste.

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