Entre os alvos monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) há um dirigente do PDT de São Paulo que, em 2022, trabalhou na campanha presidencial de Ciro Gomes (PDT). José Vitor de Castro Imafuku ocupa o cargo de secretário-adjunto do diretório municipal do partido na capital paulista e teve celular monitorado pelo software FirstMile, segundo investigações da Polícia Federal, pela Abin para monitorar adversários durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
A informação do colunista Rodrigo Rangel do site Metrópole. Conforme informa, o interesse pelo secretário se deu porque ele teria ajudado a organizar três manifestações contra Jair Bolsonaro em 2021. No ano seguinte, ele participou diretamente com o comitê da campanha presidencial de Ciro Gomes e acompanhou o pedetista em compromissos na capital.
Vitor foi procurado pelo colunista e disse receber a notícia com indignação. Ele disse que já imaginada que "poderia ter sido vítima de perseguição”, como afirmou à coluna.
Investigações da PF apontam que a Abin teria sido "instrumentalizada" durante o governo de Bolsonaro. Autoridades, pessoas envolvidas em investigações e desafetos do então chefe do Executivo brasileiro estariam sendo espionadas ilegalmente durante a chefia de Alexandre Ramagem, aliado do presidente.
Vinculada à Casa Civil, a Abin é um órgão da Presidência da República responsável por fornecer informações e análises estratégicas e confiáveis aos ministros e ao próprio presidente quando necessários ao processo decisório nacional.
A agência é o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e tem o objetivo de planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a atividade de inteligência do País.
Fonte: Jornal O Povo.