No início do primeiro mês da quadra chuvosa, os açudes do Ceará apresentam um cenário que inspira atenção. Dos 157 reservatórios monitorados, o volume total acumulado atingiu 6,86 bilhões de metros cúbicos, representando 36,9% da capacidade total, de acordo com dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Embora o número indique uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o acumulado era de 30% da capacidade, o diretor de Operações da Cogerh, Tércio Tavares, destaca a necessidade de cautela, especialmente nas regiões do Médio Jaguaribe e Sertão dos Inhamuns, onde os acumulados alcançam cerca de 20% da capacidade hídrica.
Por outro lado, as bacias hidrográficas do Litoral, Acaraú, Coreaú e Serra da Ibiapaba – na porção noroeste do estado – apresentam acumulados expressivos, ultrapassando 60% da capacidade.
A Bacia do Banabuiú, localizada no Sertão Central, registrou uma recuperação parcial após a quadra chuvosa de 2023, elevando o volume atual para 33%.
Além disso, importantes açudes como Pacoti, Pacajus, Riachão, Gavião e Aracoiaba, responsáveis por abastecer a Região Metropolitana de Fortaleza, mantêm 52% da capacidade total de armazenamento.
Já as bacias do Salgado e do Alto Jaguaribe, na porção sul do Estado, registram cerca de 50% da capacidade total.
A Cogerh iniciou o planejamento da operação de liberação de água dos reservatórios durante o primeiro semestre deste ano. A ação consiste em avaliar a alocação de água do ano anterior e definir as vazões de liberação dos sistemas integrados e açudes isolados para o primeiro semestre.
O cenário leva em consideração o prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indicando chuvas abaixo da média histórica para a quadra chuvosa de 2024.
Após o término da quadra chuvosa, está prevista a Reunião de Alocação Negociada, na qual serão definidos os parâmetros de operação para o segundo semestre, com a participação dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Ceará.
Fonte: G1 Ceará.