O diretório municipal do PT em Fortaleza aprovou, na manhã deste sábado, 11, resolução que adia para até março de 2024 a escolha da candidatura do partido à Prefeitura de Fortaleza, conforme O POVO havia antecipado.
Por unanimidade, o documento chancelado pelo colegiado solicita formalmente ao diretório nacional “a extensão do prazo de decisão sobre a tática e candidatura à Prefeitura da Capital até o primeiro trimestre de 2024”.
A legenda também abriu consulta à cúpula petista sobre o “método de decisão acerca da tática e candidatura”, ou seja, se o processo de definição de nome do representante no pleito continuaria por “consenso ou no mínimo 2/3 do diretório municipal”.
O adiamento, contudo, não descartou a possibilidade de prévias na sigla caso haja mais de um interessado em concorrer à sucessão do prefeito José Sarto (PDT).
Dentro do partido hoje, despontam como potenciais candidatos os deputados estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, além da ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins e do ex-deputado Artur Bruno.
Dos quatro petistas, apenas Luizianne não esteve presente durante o encontro do PT em Fortaleza.
Ao O POVO, Sampaio, presidente do diretório municipal, avaliou que essa unidade partidária, da qual a aprovação da resolução por unanimidade resultou, “é a consequência da responsabilidade política que o PT tem”.
Ainda segundo ele, a escolha de candidatura na agremiação é “uma construção política que demanda tempo dentro do PT, na federação, na base e, sobretudo, porque temos o privilégio de termos várias alternativas para apresentar ao povo de Fortaleza em termos de nomes que foram testados nas urnas e são qualificados para a disputa”.
Questionado se há no partido condições de convergência em torno de um nome para a corrida eleitoral do ano que vem, o deputado respondeu que o “PT tem maturidade na construção do diálogo e em administrar divergências”.
“Essa experiência”, acrescentou, “a responsabilidade política de governar o Ceará e a chance real de vencer as eleições vão exercer sobre nós uma pressão saudável muito forte para que a gente alcance consensos”.
Em conversa com a reportagem do O POVO no começo de novembro, o deputado federal e líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães, ponderou que o tempo extra até março era necessário em virtude de ajustes internos a fim de que a gente pudesse compatibilizar divergências.
Na entrevista, o petista declarou que, nesse entendimento, a interlocução com o governador Elmano de Freitas seria fundamental.
Fonte: Jornal O Povo.