Dois policiais penais torturaram um detento até ele perder o movimento das pernas, segundo denúncia do Ministério Público do Ceará. O caso ocorreu em 2022 na Cadeia Pública de Juazeiro do Norte, conforme o órgão. Os dois agentes foram afastados das funções preventivamente pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD).
Emanoel de Sá Barreto e Paulo Henrique Vieira dos Santos se tornaram reús no mês passado. A defesa dos dois servidores reitera a inocência deles ao afirmar que o Ministério Público do Ceará denunciou os servidores “sem colher todos os fatos e provas, com evidentes exageros acusatórios”.
Conforme a denúncia, noticiada pelo Diário do Nordeste, os dois policiais penais submeteram o detento “a intenso sofrimento físico, como forma de aplicar castigo pessoal”. As agressões, segundo o órgão, resultaram “em lesão corporal de natureza grave, uma vez que a vítima ficou incapacitada por mais de 30 dias de suas ocupações habituais em cadeira de rodas”.
As agressões, segundo depoimento da vítima ao MP, constaram de enforcamento, socos no tórax e chutes nas costas que, de acordo com o órgão, “fizeram suas pernas ‘adormecerem’”. Percebendo que ele não conseguia ficar de pé, outros detentos deitaram a vítima em um colchão à espera de atendimento médico, que só ocorreu dias depois.
Fonte: Jornal do Cariri.