quinta-feira, 27 de julho de 2023

Elmano aponta nomes do PT para 2024 em Fortaleza, defende Evandro Leitão e relembra crise com PDT.

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    Apesar de preferir adotar uma linha cautelosa sobre as eleições para a Prefeitura de Fortaleza em 2024 — ao falar que o "momento certo da discussão" é apenas no ano que vem — o governador Elmano de Freitas (PT) deu os primeiros indicativos de como o partido deve se organizar para concorrer ao comando da capital cearense. O governador é o convidade desta semana na live do PontoPoder.  

 

    O governador citou quatro nomes que integram o Partido dos Trabalhadores que podem estar na mesa na hora de decidir a candidatura em 2024. São eles: a ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins, os deputados estaduais Larissa Gaspar e Guilherme Sampaio e o ex-deputado federal e assessor especial de Assuntos Municipais do Governo do Ceará, Artur Bruno. 

 

    "Um partido que tem uma pessoa como a ex-prefeita Luizianne — deputada federal, com o trabalho que realizou como prefeita, com a votação que teve — tem que ter muito respeito por essa liderança. Quem tem uma jovem deputada, vereadora mais votada do PT, agora a deputada estadual mais votada do PT na última eleição, que é a Larissa Gaspar, nós temos que valorizar muito esse nome. Tem que valorizar muito o nome — como todo mundo que conhece sabe do preparo, da capacidade política — do nosso deputado Guilherme Sampaio. E efetivamente, nós temos pessoas como Artur Bruno, que foi um deputado federal muito reconhecido, votado, as pessoas têm maior respeito por ele". Elamno de Freitas - Governador do Ceará.

 

    "O PT tem excelentes nomes, os partidos aliados também tem. Nós temos que ouvir os outros partidos sobre os nomes que eles têm", pondera Elmano. Para o petista, a prioridade é manter a "unidade", inclusive com os partidos que formaram a aliança que o elegeu governador. E dentro deste grupo, um quinto nome é apontado por Elmano: o do presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PDT).

 

    Filiado ao PDT, Evandro tem sido constantemente convidado a se filiar ao PT, já com a perspectiva de candidatura à Prefeitura de Fortaleza. "Qual é o partido que não quer o Evandro leitão entre as suas fileiras? (...) Se o Evandro entrar no PT, a decisão... Ele tem que tomar uma decisão pessoal, ele tem que tomar decisão se fica ou não no PDT e, se sai, para qual partido irá", afirma.

 

'UNIDADE PARTIDÁRIA'

 

    O governador ressalta que, independentemente do nome escolhido, é necessário "cuidar muito bem dos demais". A meta, segundo ele, é manter a unidade tanto dentro do PT como com os partidos aliados. 

 

    Ele cita que os demais partidos aliados - como PCdoB, PV, PP, MDB e PSB, com o qual lembra que o PT tem uma construção nacional - "têm todo o direito de apresentar nomes para um debate para a Prefeitura de Fortaleza". O governador ressalta ainda a necessidade de uma discussão sobre o projeto político para Fortaleza, também trazendo os aliados para o debate. 

 

    Indagado sobre a declaração do senador Cid Gomes (PDT) — de que tem "esperanças" de uma aliança entre PT e PDT para a disputa de 2024 em Fortaleza —, Elmano afirma ter uma visão diferente do ex-governador. 

 

    "Efetivamente o PDT tem uma decisão, já anunciada pelo presidente nacional do PDT, que é o André Figueiredo, de que o prefeito Sarto irá para a reeleição. E efetivamente o nosso campo deve apresentar um outro nome. Então, eu não tenho muita expectativa de que nós tenhamos (aliança com o PDT)", projeta. 

 

'TÍNHAMOS CONVICÇÃO QUE O NOME SERIA DA IZOLDA'

 

    Durante a entrevista, o governador também relembrou a campanha de 2022, quando, após o rompimento da aliança entre PT e PDT, o Partido dos Trabalhadores lançou o nome dele para a disputa pelo Palácio da Abolição. "Quem diria que o Elmano deputado estadual ia ser o candidato a governador, ia ganhar eleição no primeiro turno? Ninguém previa isso", relembra. 

 

    Ele destaca, no entanto, que tinha "muita confiança" na "vitória de que aquilo que o governador Cid tinha iniciado, que o governador Camilo avançou, o povo queria que continuasse e aprofundasse". Contudo, para o agora governador, o nome que iria encabeçar essa candidatura não era o dele. 

 

    "O que nós não imaginávamos é que, sendo um nome que não tinha sido construído para ser candidato a governador, esse nome (iria) ganhar no primeiro turno", completa o governador. Ao citar a vitória em 2022, ele considera que a "onda Lula" contribuiu com a eleição ainda em 1º turno para o governo estadual. Mas argumenta que o ex-governador e ministro da Educação, Camilo Santana (PT), também foi fundamental na campanha eleitoral do ano passado. 

 

    "Para alguns, foi uma onda Lula que fez a nossa vitória no primeiro turno. Efetivamente, teve uma onda da campanha do nosso presidente Lula, mas tinha um algo novo no Ceará, que era a grande liderança do nosso ex-governador Camilo Santana, o nosso ministro, que é a nossa liderança política maior no estado do Ceará hoje. Eu tenho o Camilo como meu líder político e, como eu, tem muita gente no Ceará que se sente muito bem sendo liderada pelo Camilo Santana. Isso é uma mudança importante na política do Estado, que, a meu ver, representa um novo ciclo", ressalta. 

 

Fonte: Jornal Diário do Nordeste.

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