quarta-feira, 31 de maio de 2023

A visão de Cid em presidir o PDT. Por Reginaldo Silva.

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    O senador Cid Gomes, aos poucos vai retomando a centralidade do debate político, depois de seu silêncio em relação ao pleito eleitoral passado.

 

    Cid não concordou com a decisão do irmão Ciro Gomes de lançar Roberto Cláudio ao Governo do Estado e preterir Izolda, que tinha direito a reeleição. É fato. O senador usou como arma o silêncio. O tempo provou que ele estava certo. Mas, o resultado saiu enviesado e dividiu o partido, com ressentimentos de ambos os lados.

 

    Mas, a política é uma das artes que possibilita que seus atores possam morrer mais de uma vez. O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, derrotado na eleição se apressou em assumir o comando do partido na capital. Com a ida de Lupi para o ministério da Previdência de Lula, caiu nas mãos do deputado federal André Figueiredo a presidência interina da legenda em nível nacional e o acúmulo da presidência estadual.

 

    Enquanto isso, o senador cearense fica à mercê de pensamentos que levaram a divisão da legenda no estado, é óbvio que todos os partidos divergem, mas as maiores lideranças, com mandato, devem ser ouvidas.


    O que incomoda Cid neste momento é ver o pensamento majoritário da legenda sendo ignorado, o partido nem é oposição e nem situação, prejudicando deputados aliados, onde a maioria quer fazer parte da base aliada do governo formalmente. Além de tudo isso, a neutralidade ainda abre espaços para dissidências, com a possibilidade de parlamentares saírem para outras legendas.

 

    A visão de Cid não se esbarra na eleição do ano que vem, ele também enxerga o outro pleito, onde estarão em jogo duas vagas para o Senado, mesmo que não não concorra a reeleição, Ciro Gomes poderia ser o candidato, nada mais justo, para que Ciro encerre sua carreira política, faltando apenas ocupar o cargo de presidente da República.

 

    Cid tem a visão de que é preciso preparar o partido neste momento, cujo objetivo é fortalecer a legenda para 2026, dificilmente sentarão à mesa de negociação se a sigla estiver esfacelada. Política é como a função de centroavante em campo, todo domingo precisa fazer gol, se não alguém pode ocupar sua vaga. Não existe meio termo, existe resultado. Cid conhece bem o terreno onde pisa.


    O senador pedetista sabe que a eleição de Fortaleza, não aprofundará a crise entre PT e PDT, porque na maioria das vezes disputaram a eleição em campos opostos. O que importa no momento é deixar claro que o partido no estado vai brigar para ampliar seus quadros em aliança com o PT, para evitar o avanço da extrema direita e deixar o terreno pavimentado para 2026.


Como diria Maquiavel, “uma mudança deixa sempre patamares para uma nova mudança”.

 

Fonte: Ceará Notícias.

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