O primeiro trimestre do governo do presidente Luiz Inácio Lula (PT) foi marcado por crescimento no desmatamento do Cerrado e na Amazônia, segundo dados Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o levantamento, entre janeiro e março, a destruição do Cerrado foi recorde, chegando a quase 1,4 mil quilômetros quadrados.
Já no bioma amazônico, a destruição foi a segunda maior da série histórica: aproximadamente 850 quilômetros quadrados. A área desmatada em ambos os biomas em 2023 é equivalente a duas cidades do Rio de Janeiro (1,2 mil quilômetros quadrados).
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, houve um aumento de 219% na aplicação de multas em função do desmatamento, em comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda segundo o Ministério, o governo Lula recrudesceu as medidas de combate à prática ilegal do desmatamento.
Em nota, a pasta afirmou: “São medidas que descapitalizam os infratores e impedem que obtenham financiamento, além de restringir o comércio de produtos ilegais”.
O Inpe mapeia e emite alertas de desmate com o objetivo de orientar as ações do Ibama e outros órgãos de fiscalização.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou, em parceria com a ONG SaferNet Brasil, um canal virtual na internet para receber indícios de ataques contra escolas. O site já está disponível e as informações enviadas serão analisadas pela equipe do Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
De acordo com o governo, centenas de agentes trabalham de forma integrada no monitoramento de ameaças: 51 chefes de delegacias de investigação, 89 chefes de agências de inteligência, incluindo polícias militares e civis estaduais, e 25 policiais federais. As mensagens são anônimas, não sendo exigida identificação.
O lançamento da plataforma ocorreu nesta sexta-feira (7), dois dias após o assassinato de quatro crianças em uma creche em Blumenau, Santa Catarina. Dentro do pacote de ações do Ministério da Justiça para o combate à violência, a pasta deve investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares ou ações similares.
Fonte: Gazeta do Povo.