domingo, 2 de abril de 2023

Entenda como o diagnóstico do espectro do autismo se tornou mais fácil e frequente.

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    Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado neste domingo (2), destaca a importância do diagnóstico adequado, do acompanhamento especializado e da inclusão social.

 

       O transtorno do espectro autista (TEA) reúne diferentes condições marcadas por alterações no desenvolvimento neurológico relacionadas a dificuldades de relacionamento social.

 

    Estima-se que em todo o mundo cerca de 1 em cada 100 crianças tenha autismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas controladas, no entanto, relataram números substancialmente mais altos. Além disso, a prevalência do autismo em muitos países de baixa e média renda é desconhecida.

 

    No Brasil, os estudos de prevalência da condição são escassos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu uma pergunta sobre autismo no questionário da amostra do Censo Demográfico 2022. No entanto, os resultados ainda não estão disponíveis, segundo o instituto.

 

    De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais de impactos no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Além disso, a prevalência do distúrbio é maior entre indivíduos do sexo masculino.

 

    O termo “espectro” é utilizado para englobar situações e apresentações muito diferentes da condição, que vão de níveis leves a graves. Entre os sinais estão dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

 

    “Atualmente, mais precisamente desde 2013, utilizamos o termo transtorno do espectro autista, ao invés de somente autismo, visto que há uma diversidade de sinais e sintomas e níveis de intensidade desses, diferentes em cada indivíduo portador do quadro”, explica Leandro Gama, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo.

 

    Especialistas em saúde mental e infantil alertam que a identificação de atrasos no desenvolvimento bem como o diagnóstico oportuno permitem a realização de intervenções comportamentais e apoio educacional de maneira precoce, levando a melhorias na qualidade de vida a longo prazo.

 

    As causas do transtorno do espectro autista ainda permanecem desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas uma interação de fatores genéticos e ambientais.

 

Fonte: CNN Brasil.

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