A Polícia Federal encontrou múltiplas digitais na minuta golpista apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Agora, a corporação busca identificar a quem elas pertencem, a fim de avançar nas investigações. A informação foi divulgada nesta sexta-feira 3 pelo jornalista Valdo Cruz, colunista do G1.
A se confirmar a informação, a PF colocará em xeque um dos pontos centrais do depoimento concedido na véspera por Torres. Ele afirmou aos agentes que não conhece a pessoa que lhe entregou o documento e que ele “já era para ter sido descartado”.
A proposta de decreto serviria para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) declarar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral. O objetivo seria reverter o resultado do pleito de 2022, do qual Lula (PT) saiu vencedor no segundo turno.
O documento foi encontrado em um armário de Torres durante ação de busca e apreensão realizada em 10 de janeiro, em Brasília.
Também na quinta 2, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou em depoimento à PF ter recorrido a uma “metáfora” ao dizer que “todo mundo” tinha em mãos uma minuta semelhante à de Torres. Na oitiva, também declarou ter recebido “duas três propostas” da “minuta do golpe” e acrescentou que “simplesmente moía” os textos.
Fonte: Carta Capital.