O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo foi preso na segunda-feira por estupro de vulnerável. Ele ainda é investigado por armazenar pornografia infanti. O médico mantinha arquivadas mais de 20 mil imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. A análise do material chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês com menos de 1 ano.
A polícia encontrou ao menos três vídeos em que Andres se reconhece nas imagens abusando sexualmente de pacientes. E apesar do vasto material guardado, o acusado afirmou que "não soube precisar o motivo pelo qual nutria dentro de si a compulsão em ver pornografia infantil". O médico colombiano disse ainda que teria apagado os vídeos pornográficos por medo de ser preso.
Veja a cronologia do caso
2017: Chegada ao Brasil
Em depoimento, Andres Oñate Carrillo contou que se formou em medicina em 2015 ainda na Colômbia. Dois anos depois, chegou ao Brasil para participar de um curso de especialização. Sua mulher tinha chegado ao país um ano antes, também para participar de um curso na área médica.
Outubro de 2021: Revalida
Ainda em 2017, Carrillo conseguiu o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros em nível intermediário, dado pelo governo federal. Quatro anos depois, foi publicada em Diário Oficial a aprovação dele no Revalida, validando seu diploma de medicina da Colômbia no Brasil.
2018 A 2021: Curso na UFRJ
Andres Oñate participou de um curso de especialização em anestesiologia na UFRJ. Sua participação em procedimentos tinha que seguir normas semelhantes às da residência médica. Segundo a universidade, não houve atuação do médico sem supervisão no Hospital Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão.
2020: Primeiro estupro
De acordo com a Polícia Civil, o primeiro estupro registrado pelo próprio médico em imagens aconteceu durante um procedimento no Hospital Estadual dos Lagos, em dezembro de 2020. A Secretaria de Saúde vai analisar todos os prontuários dos pacientes dele na unidade. Ainda segundo o órgão, o médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021. Foi instaurada uma sindicância para apurar as devidas responsabilidades.
Fonte: Jornal Extra.